terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vereadores de Glória de Goitá fazem greve


Os nove vereadores de Glória de Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco, estão de braços cruzados desde a segunda-feira (21) por causa da polêmica que envolve recursos pagos a eles indevidamente.

Desde 2009, eles recebiam R$ 112 a mais no contracheque, valor que teria sido incluído indevidamente pela legislatura anterior, que em 2008 aprovou o valor dos vencimentos dos sucessores. Até setembro deste ano, ninguém tinha percebido o erro. Ocorre que, naquele mês, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) notificou os membros da Câmara Municipal ordenando a devolução de R$1.492 referentes à soma dos pagamentos irregulares. O problema é que o atual presidente da Câmara quer que os colegas devolvam o dinheiro em duas vezes. Os vereadores dizem que a medida vai abocanhar quase 30% dos salários de novembro, pegando todos de surpresa.

Os vereadores até aceitam restituir os quase R$ 1.500 com a condição de que o pagamento seja gradual, assim como foram os repasses indevidos. “Ninguém aqui sabia que nosso salário estava vindo com valor errado. A questão é que recebemos R$ 2.700 por mês, e pagar essas duas parcelas de uma vez vai prejudicar muito nosso orçamento familiar” argumenta o vereador Lenilson José dos Santos (PDT).

Ainda segundo o pedetista, o presidente da Câmara, Manoel Firmino (PSB), insiste em querer o pagamento em duas parcelas. Caso os vereadores não façam dessa maneira, todas as contas da Casa seriam rejeitadas.

Como o presidente da Câmara não atendeu ao pedido de devolução parcelada do dinheiro, os vereadores da situação e quatro da oposição resolveram se unir. Ficou acertado que ninguém comparece às sessões ordinárias enquanto o pleito não for atendido. As reuniões acontecem apenas às segundas-feira à noite, a partir das 19h30.

O presidente da Câmara de Vereadores de Glória de Goitá foi procurado, porém não atendeu as ligações da reportagem.

Do JC Online
Núcleo JC

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