Os cinco jovens suspeitos de agredirem outros três na avenida Paulista, no domingo (14), deixaram o 5º DP (Distrito Policial) da Aclimação, na zona oeste de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (15). De acordo com a polícia, os quatro adolescentes seguiram para a Fundação Casa, e o adulto para o 2º Distrito Policial, de onde será encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros.
O grupo vai responder por roubo e lesão corporal gravíssima, de acordo com o delegado do 5º DP, José Matallo Neto. Porém, como quatro dos cinco suspeitos são menores, eles devem responder por prática de ato infracional e apenas o jovem de 19 anos será enquadrado nos crimes previstos no código penal. Além de roubo e de lesão corporal, ele também é acusado por formação de quadrilha.
O primeiro ataque aconteceu a dois rapazes. O bando chegou agredindo as vítimas com socos e pontapés. Mais tarde, um terceiro jovem foi alvo dos agressores.
Em depoimento no 5º Distrito Policial da Aclimação, onde os suspeitos estão detidos, eles disseram que reagiram a uma provocação. No entanto, de acordo com a polícia, a justificativa contraria a versão das vítimas e das testemunhas que presenciaram as cenas. A investigação trabalha com a hipótese de que o crime foi motivado por homofobia.
As três pessoas agredidas foram para hospitais. Dois, no entanto, receberam apenas curativos e logo foram liberados do Hospital Vergueiro. O terceiro, que estava no Oswaldo Cruz, foi o último a receber alta.
Embora negue que as agressões ocorridas na avenida Paulista na madrugada deste domingo (14) tenham sido um ato de homofobia, Orlando Machado, advogado de um dos suspeitos, afirmou que os jovens foram "cantados" por uma das vítimas antes dos ataques.
Balada
A mãe de outro dos suspeitos, que preferiu não se identificar, afirmou que os quatro menores estudam juntos em um colégio do Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo, e haviam saído para ir a uma “balada”.
- Eles não fazem luta, nem academia. Vão para a balada todo sábado. Saíram para se divertir, para pegar as menininhas na balada.
Machado também nega a acusação de roubo e diz que os jovens são "bem de vida" e não precisariam disso. Segundo ele, há como provar que, às 3h (quando a vítima diz ter sido roubada), os jovens ainda estavam em uma festa.
- Temos como provar que, às 3h, eles estavam na festa. É só pegar imagem de câmera.
O advogado afirmou que entrará nesta segunda-feira com um pedido para que o juiz da Vara da Infância e Juventude não decrete a custódia [prisão] e, assim, evite que os jovens fiquem detidos.
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