sábado, 6 de junho de 2009

Com probabilidade ínfima de achar sobreviventes, destroços se tornam prioridade máxima


"A probabilidade de haver sobreviventes é ínfima. É muito difícil que se encontre, tendo em vista a magnitude do acidente e o tempo decorrido". Assim classificou o brigadeiro Ramon Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, as chances que as equipes de busca têm de encontrar os passageiros do voo 447 da Air France, desaparecido desde domingo (31).

Ramon Cardoso também admitiu que alguns destroços do Airbus já podem ter afundado. “A dificuldade é que, além dos pedaços serem muito pequenos, a área é muito grande e alguns desses destroços que estavam flutuando nos primeiros dias já podem ter afundado. Não temos a garantia de que todos [os objetos] estarão flutuando”, afirmou.

Nesta sexta (05), as condições meteorológicas dificultaram a visualização de novas peças e não houve recolhimento de nada do mar. "Nós não temos nenhuma recuperação de material, mas isso é diferente de dizerem que não temos nenhuma pista. Temos todo o histórico do caso, os locais onde os destroços foram avistados, os estudos das correntes, os cálculos", assegurou o militar.

Na coletiva de imprensa, realizada novamente na sede do Cindacta III, no Recife, o brigadeiro informou que o recolhimento de destroços - em especial a poltrona avistada no começo da semana - é mais do que nunca prioritário na operação de busca.

"O R-99 vai fazer a varredura eletrônica, decolando às 3h de Fernando de Noronha. Se ele encontrar algum sinal eletrônico que indique a existência de um destroço, os outros aviões serão enviados para lá. Se ele não encontrar, as aeronaves vão para os locais pré-determinados pelos cálculos, considerando as correntes marítimas", explicou Cardoso.

Segundo o brigadeiro, as correntes no local onde foram avistados os primeiros destroços mudaram de direção. “Muitos dos objetos que foram encontrados, como fios e pedaços de revestimento, a própria corrente fez com que esse material fosse desassociado. Não temos mais essa trilha de cinco quilômetros e, hoje, o que estamos fazendo é iniciar as buscas pelos pontos em que, pelas correntes, esses materiais deveriam estar", afirmou.

A partir deste sábado (06), a aeronave norte-americana que estava apoiando as buscas encerra sua missão e retorna ao país de origem, mas um avião francês - o terceiro do grupo - passa a fazer parte do trabalho, se somando aos nove da Força Aérea Brasileira.

Três navios continuam nas proximidades do rochedo de São Pedro e São Paulo, mas essa equipe deve ser reforçada por mais duas embarcações da Marinha.

Da Redação do pe360graus.com

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