quarta-feira, 17 de junho de 2009

Polícia prende viúvo de estudante grávida assassinada em Paulista


Foi preso na tarde desta terça-feira (16) o viúvo da estudante de Direito Larícia Alexandre Cabral (foto 1), 36 anos, assassinada em maio, na cidade de Paulista, quando estava grávida de cinco meses.

O delegado responsável pelo caso, Davi Medeiros (foto 3), pediu a prisão preventiva de Jailton Cabral da Silva (foto 2), 35 anos, principal suspeito de ter cometido o crime. A prisão preventiva foi solicitada pelo delegado e decretada pelo juiz Teodomiro Noronha, da comarca de Paulista.

À polícia, Jailton da Silva teria afirmado, em depoimento, que o casal estava num carro, em frente a uma agência bancária, quando foi abordado por dois homens que saíram de um carro escuro. Segundo o marido de Larícia. os bandidos teriam assumido o volante do veículo, dirigiram pela PE-15, fizeram o retorno em frente a um shopping e voltaram para Paulista. Ele disse ainda que, no percurso, era xingado e espancado pelos bandidos. Essa versão, porém, foi desmentida pela polícia.

“Era inviável todo o trajeto indicado por ele. Verificou-se a inviabilidade dessa temporização. Além disso, há testemunhas que viram a chegada do carro, ouviram os gritos de Larícia e também o viram sem lesão. São provas substanciais que informam de maneira segura que o autor do crime foi o senhor Jailton Cabral”, disse o delegado.

Jailton da Silva foi encaminhado à delegacia da cidade. Ainda nesta terça, ele será levado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, onde fica preso por, no mínimo, 30 dias.

O CRIME
Larícia Alexandre Cabral foi assassinada no dia 12 de maio, depois de sair da faculdade onde estudava no município de Paulista. Ela estava dentro do carro com o marido na Rua Ursa Maior, próximo ao fórum de Paulista. De acordo com Jailton Cabral da Silva, o casal foi surpreendido por quatro pessoas em um carro preto.

Larícia Cabral foi morta com mais de dez facadas. O marido também foi ferido no braço, mas superficialmente. Nenhum pertence da vítima foi levado pelos bandidos. Os agentes trabalham com as hipóteses de vingança e de crime passional.

INVESTIGAÇÕES
O corpo de Larícia Cabral foi exumado no dia 28 de maio. Durante o procedimento foram recolhidas amostras de pele em baixo das unhas da vítima, que pode apontar o material genético do assassino – já que Larícia Cabral pode ter arranhado o agressor ao tentar se defender.

Durante a exumação também foram colhidas amostras dos ossos do feto. Através de análise do DNA do feto, a polícia pretende comprovar se Jailton Cabral da Silva era o pai da criança.

Além da exumação, no dia 4 de junho, a polícia fez uma recontituição do crime, com base nas informações fornecidas pelo marido da vítima. O viúvo, Jailton Cabral, por orientação do advogado, não participou da reconstituição. Dois atores fizeram o papel de Larícia e de Jailton Cabral. Eles estavam num carro semelhante ao de Jailton.

Da Redação do pe360graus.com

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