quarta-feira, 17 de junho de 2009

Aumento do gás de cozinha chega a ultrapassar 20% no Recife


O bujão de gás de cozinha de 13 quilos está mais caro, numa média de 10%. O consumidor que comprava o produto por um preço de R$ 30 em bairros como Água Fria, na Zona Norte do Recife, passou a pagar R$ 33 nas revendas. Nos caminhões, cuja entrega é feita em casa, o preço pode chegar a R$ 36. Também na parte norte da capital, nas imediações da Bomba do Hemetério, os consumidores acostumados a pagar R$ 29 se assustaram a encontrar o produto a R$ 35, este um aumento bem maior, de 20,6%.

Para Antônio Levantino, gerente de mercado da Liquigás, braço de distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) da Petrobras, a variação de preços é natural no mercado. “O GLP tem preço livre. O preço flutua, ele pode estar a R$ 27, R$ 30, mas estava em promoção. É a lei da oferta e da procura. O maior problema do setor são as revendas clandestinas, que não pagam impostos e não pagam carteira assinada. O preço justo para o consumidor dentro do Recife é de R$ 35”, afirma.

O aumento desta semana é o segundo em pouco mais de um mês. No início de maio o Jornal do Commercio registrou um acréscimo de 25% no preço do produto. Na ocasião, o presidente do Sindicato de Revendedores de Gás Liquefeito do Estado de Pernambuco (Sinregás-PE), Alberto Martins, havia explicado que o aumento teria a ver com o crescimento da folha salarial das revendedoras e também com o custo do diesel, mais caro. “Sem falar que os preços estavam realmente defasados”, salientou.

Se naquela ocasião o aumento do preço teve a ver com as revendedoras, ele explica, agora, que o encarecimento para o consumidor final é relativo ao fim das promoções vindas dos distribuidores. “As distribuidoras estavam praticando descontos comerciais de estímulo às vendas, para se atingir metas”, comenta. Segundo Martins, não há preço fixo no setor e que, dependendo da localidade, o gás pode estar a R$ 33, R$ 35 ou R$ 36 para o cliente final. “O bônus foi sendo retirado aos poucos.” Ele também reclama da atividade de empresas clandestinas.

Antônio Levantino explica que o GLP é fornecido pela Petrobras a todas as distribuidoras no Estado, a exemplo da própria Liquigás e suas concorrentes, como as do Grupo Ultra, a Ultragás e Brasilgás. Há outras marcas como Novogás, Copagaz e Butano. “As distribuidoras recebem esse gás e envasam. Os revendedores vão lá em Suape e retiram a mercadoria em FOB ou CIF”, diz, Levantino. As duas são siglas em inglês para Free on Board e Cost, Insurance and Freight, ou seja: sem e com custo de frete. Na primeira, o bujão é colocado no caminhão de uma terceirizada da marca que faz o serviço de frete. Na outra, a própria distribuidora faz o transporte, modalidade menos utilizada no mercado local.


Do Jornal do Commercio

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