quarta-feira, 17 de junho de 2009

'A crise é do Senado, não é minha', diz Sarney


presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), iniciou seu pronunciamento nesta terça-feira (16) no plenário afirmando não ser o culpado pela crise administrativa na Casa. Sarney afirmou que os problemas são de toda a Casa e não relativos a sua pessoa.

“A crise do Senado não é minha. A crise é do Senado e é esta instituição que nós devemos preservar”, disse Sarney.

Ele afirmou que nos quatro meses do seu mandato atual na presidência do Senado só trabalhou para resolver os problemas administrativos da Casa. Citou a questão das horas extras, das passagens aéreas, entre outras denúncias.



Enumerou também algumas providências que já foram tomadas, como cortes de verbas, normas sobre divulgação eletrônica, restrições de seminários, congressos, e outros tipo de reuniões que segundo ele estavam servindo de abuso no Senado e a extinção de várias diretorias, comissões especiais e secretarias da Casa. Contudo, não anunciou novas medidas.


Sarney afirmou que nunca teve antes seu nome envolvido em qualquer escândalo em seus 60 anos de vida pública. “Não seria agora na minha idade que eu iria praticar qualquer ato menor, que eu nunca pratiquei na minha vida. Assisti muitos escândalos e momentos de crise e em nenhum momento meu nome esteve envolvido”.



Fazendo um discurso duro, Sarney se emocionou ao mencionar a doença de sua filha Roseana Sarney (PMDB-MA), governadora do Maranhão. No início do mês, Roseana foi submetida a uma cirurgia de clipagem (fechamento) de um aneurisma cerebral. O procedimento foi realizado com “sucesso”, segundo boletim divulgado após a cirurgia, que durou quatro horas.



Segundo Sarney, foi este problema que o impediu de dar dedicação integral ao Senado até agora. "Deus está me exigindo penitência destas coisas que eu tenho que falar agora, mas muito maior foi sua graça com a recuperação da melhor coisa que eu fiz da minha vida".



Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

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