quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eduardo Campos recomenda trabalho


Após empossar, ontem, no Palácio, os 11 novos secretários estaduais (dez no primeiro escalão e um no segundo), o governador Eduardo Campos (PSB) não perdeu tempo e, publicamente, já determinou que os auxiliares preocupem-se exclusivamente com questões administrativas, deixando a campanha para o “tempo certo” - leia-se: julho - e para quem deixou os cargos ontem. Garantindo que não haverá descontinuidade na administração porque a maioria dos novos auxiliares já é ligada às pastas, Eduardo afirmou que “segunda-feira é no automático”. “Vamos, na hora em que for o tempo de cuidar de política, conversar com os que ficam, para deixar muito claro que o Governo é uma coisa e a política e o eleitoral são outra coisa. Vamos fazer política na hora precisa, de forma coordenada, unificada”, destacou.


O governador também convocou os novos secretários a começarem o trabalho imediatamente. “Vamos seguir trabalhando daqui, desse minuto, até o dia 31 de dezembro de 2010. Para que nós possamos ter a mesma alegria deles (ex-secretários) que saem. A estratégia é a mesma, o objetivo é o mesmo. É entregar ao povo o trabalho, devolver ao povo com trabalho a enorme confiança que Pernambuco deposita neste projeto que todos nós temos cuidado”, ressaltou o socialista, que se disse tranquilo com o rumo do seu governo. “A nossa tranquilidade hoje é que nós não construímos um governo de departamentos, de segmentos, um governo picotado. Não! Construímos um governo integrado, com a participação do povo”, assegurou.



Segundo Eduardo, a “revoada” no seu secretariado não trará problemas porque na gestão não existe política de secretário, mas de governo. “Temos um planejamento estratégico, desenhado e apresentado ao povo em 2006. Nas metas que definimos, que estão espelhadas no nosso orçamento e no nosso Plano Plurianual. Em cada meta daquela que estamos acompanhando”, salientou Campos.



Em seguida, o socialista exaltou a unidade política de sua base como um processo consolidado, que “veio de baixo, do desejo do povo”. “Tenho certeza que não haverá solução de continuidade. Não vamos ter o que os administradores chamam de curva de aprendizado, que são aqueles dois, três meses que o gestor tem que ficar ali”, acrescentou.



Depois de agradecer o empenho dos secretários que deixaram o Governo, Eduardo Campos emendou dizendo que a nova equipe seguirá “fazendo justamente o que vocês estavam fazendo”. “Os que chegam são companheiros que têm expertise, que têm preparo, conhecimento exatamente do que vínhamos fazendo”, elogiou.



CIRO



Eduardo confirmou que se encontrou com o presidenciável do PSB, deputado Ciro Gomes, na última segunda-feira, em Brasília. A conversa, entretanto, não definiu o futuro do parlamentar, que continua na mesma: quer ser candidato a presidente da República, mas enfrenta resistência em boa parte do partido e no PT. Campos reafirmou que a definição deve ocorrer em abril.

ARTHUR CUNHA(FOLHA DE PERNAMBUCO)

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