terça-feira, 9 de junho de 2009

Sobe para 24 o número de corpos resgatados do mar


Em entrevista coletiva concedida na noite desta segunda-feira (08), os comandos da Aeronáutica e Marinha do Brasil anunciaram que o número de corpos resgatados de vítimas do acidente com o avião da Air France que fazia o voo 447 já chega a 24.

O tenente-coronel Henry Munhoz e o capitão-de-fragata Giucemar Tabosa, assessores de imprensa da Aeronáutica e Marinha, respectivamente, conversaram com os jornalistas. Eles informaram que os oito corpos encontrados nesta segunda estavam a cerca de 440 quilômetros a nordeste do rochedo de São Pedro e São Paulo.

Os cadáveres foram recolhidos pela fragata Bosísio, que vai trazê-los até Fernando de Noronha. A fragata Constituição, onde estão os outros 16 corpos, deve chegar às proximidades do arquipélago na manhã desta terça (09). Quando estiverem no ponto determinado pela Marinha, helicópteros da FAB vão decolar de Noronha para alcançar o navio e trazer os cadáveres o mais rápido possível.

Os assessores da FAB e Marinha explicaram que não têm informações sobre o estado dos corpos. Uma perícia inicial será feita pelos peritos que já estão em Noronha, para que os cadáveres sejam trazidos para o Instituto Médico Legal, no Recife, onde será feita a perícia completa.

O tenente-coronel Henry Munhoz disse ainda que muitos destroços foram recolhidos, mas continuam nos navios que estão na região. "Nossa prioridade agora é o resgate dos corpos", afirmou. O capitão Giucemar Tabosa reforçou esse ponto e disse que as buscas pela caixa-preta estão a cargo da França. "Ações paralelas dos governos da França e dos Estados Unidos estão em andamento, mas não foram concretizadas. Essa foi uma ação de interesse do governo francês e a investigação é de responsabilidade da França", reiterou.

Estão envolvidos na operação 255 militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e 570 da Marinha. Das 14 aeronaves envolvidas nas buscas, 12 são brasileiras e 2 são francesas; cinco navios estão nas áreas dos destroços, recolhendo corpos e peças. Os trabalhos do avião radar R-99 segue o mesmo planejamento até agora.

O coronel Munhoz encerrou a entrevista coletiva com uma mensagem para as famílias dos tripulantes e passageiros. "Em setembro de 2006, houve um acidente na Floresta Amazônica em que uma aeronave caiu, com 154 passageiros [o acidente com o voo 1907, da Gol, cujo Boeing se chocou com um jato Legacy]. Em menos de 24 horas, a FAB, o Exército e outras instituições estavam no local. Os 154 corpos foram resgatados, ninguém ficou para trás. Agora, a FAB, a Marinha e as outras entidades envolvidas neste trabalho têm um desafio muito maior, porque temos 228 pasageiros, na Amazônia Azul, esperando pelo nosso resgate. O nosso objetivo é não deixar ninguém para trás", finalizou.


Da Redação do pe360graus.com

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