quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Queiroz: Eduardo fora das brigas


O presidente estadual do PDT, José Queiroz, contrariou a tese apontada pelo deputado federal Sílvio Costa Filho (PTB) e avalizada pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB) de que o governador Eduardo Campos (PSB) deveria ser o condutor do processo eleitoral no Recife, ano que vem. Para o pedetista, o governador desempenhará um papel importante, mas não irá interferir em impasses na composição da base aliada.

“Eu acho que Eduardo Campos é a nossa liderança maior, mas tem o entendimento de que, se tem uma briga entre lideranças da Frente, ele não vai se meter. Eu acredito que Eduardo Campos não irá desempenhar um papel de desempatar em cidades onde há impasse. Ele é um político maduro e vai saber dar o seu peso na hora certa. Agora, o governador, com essa grande aprovação, será o maior cabo eleitoral das eleições”, colocou Queiroz, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.

Como exemplo de situações em que o socialista não ficará responsável pela decisão final, José Queiroz citou o imbróglio entre o deputado federal João Paulo (PT) e o prefeito do Recife, João da Costa (PT). Na visão do pedetista, a melhor solução para o impasse na Capital seria um entendimento entre os petistas.

“Apesar dos atropelos de João Paulo e João da Costa (na escolha do candidato no pleito para 2008), nós continuamos unidos. A exposição dos dois é negativa para eles e, principalmente, para quem está no Poder. Seria mais positivo se essas divergências não chegassem aos jornais”, opinou.

O pedetista chegou a apoiar a estratégia utilizada na Prefeitura do Recife de não tocar mais no embate entre os joões. Queiroz acredita que os desgastes com o racha político acaba afetando mais a imagem da gestão municipal. “A ordem da Prefeitura de evitar esses embates está corretíssima. Se quiser quebrar pau internamente, faça isso naquelas famosas plenárias do PT”, apontou.

Já no caso de João Paulo formalizar sua saída do PT, José Queiroz prevê um racha na base aliada, nas próximas eleições, já que ele poderá concorrer à Prefeitura. “Se ele sair, evidentemente será candidato e João da Costa provavelmente será candidato novamente. O prefeito com essas obras deverá ter uma recuperação na popularidade, só não se sabe o quanto. Para nós, o mais importante é que eles se entendam”, completou o presidente do PDT.

Carol Brito(FOLHA DE PERNAMBUCO)

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