quinta-feira, 21 de julho de 2011

Polícia Civil para investigação do acidente da Noar e entregará documentos à PF


Exatamente uma semana após a queda do avião da Noar Linhas Aéreas no Recife, a Polícia Civil de Pernambuco interrompeu a investigação do acidente aéreo que resultou na morte de 16 pessoas. A paralisação, comunicada em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (20), deve-se à decisão da Justiça Federal de que a apuração é de competência federal e, por isso, deve ser feita pela Polícia Federal (PF).

O delegado Guilherme Mesquita trabalhava há seis dias na investigação da queda do bimotor da Noar. A equipe da Polícia Civil de Pernambuco esteve no local do acidente, fez perícias e abriu um inquérito. Agora, tudo o que foi apurado será encaminhado para a Polícia Federal.

“Nós estávamos no caso porque o interesse público é o mais relevante e estava acima de tudo. Estivemos no local imediatamente após a queda da aeronave e as perícias foram realizadas, tem algumas respostas que ainda estão por vir para o inquérito e, nesse caso específico, serão encaminhadas para a Polícia Federal”, afirmou o delegado Guilherme Mesquita.

Até então, o inquérito tinha 94 páginas (foto 3), mas várias solicitações feitas à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e à Noar ainda não foram atendidas.

Além disso, três pessoas que presenciaram o acidente foram ouvidas. Também as perícias feitas pelo Instituto de Criminalística devem ser cedidas à Polícia Federal, que tem o delegado Renato Cintra à frente das investigações. De acordo com a assessoria da PF, ele não deverá dar entrevista até a conclusão do trabalho.

Uma cópia de todo o material foi tirada e será entregue aos policiais federais. “Iremos encaminhar à Polícia Federal para as investigações. Os familiares das vítimas estão precisando dessa decisão para entrar com aquelas ações judiciais necessárias”, disse o diretor de Operações da Polícia Civil, Oswaldo Moraes.

Em nota, a Polícia Federal informou que o delegado designado para investigar o acidente, Renato Cintra, está fazendo uma avaliação detalhada de toda a situação e aguardando respostas de algumas solicitações feitas. Depois disso, ele deverá traçar uma linha de investigação e começar a ouvir todas as pessoas e representantes dos órgãos envolvidos.

INVESTIGAÇÃO EXCLUSIVA DA POLÍCIA FEDERAL
Após uma reunião entre o Ministério Público de Pernambuco e o Ministério Público Federal, ficou decidido que a Polícia Civil não vai mais participar do caso, que será investigado exclusivamente pela Polícia Federal. De acordo com Oswaldo Moraes, após analisar a legislação sobre casos de acidentes aéreos, descobriu-se que o trabalho é de competência da PF.

A Polícia Federal já vinha conduzindo uma investigação paralela desde o dia 15 de julho, dois dias depois do acidente aéreo em Boa Viagem. De acordo com o assessor de comunicação da PF, Giovanni Santoro, o inquérito foi instaurado por uma determinação do Ministério Público Federal.

Nessa data, a PF abriu o inquérito e designou o delegado Renato Cintra, que é chefe da Delegacia de Defesa Institucional, para presidir as investigações. “São investigações paralelas e distintas e o delegado já começou a despachar nos autos do inquérito policial para diversos órgãos solicitando informações. Quando essas informações chegarem à autoridade policial, ele vai traçar uma linha de investigação e vai determinar o que vai fazer doravante”, afirma o assessor de comunicação da PF.

Da Redação do pe360graus.com

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