terça-feira, 12 de julho de 2011

João Mendonça deixará o DEM


O ex-prefeito de Belo Jardim, João Mendonça, disse, ontem, que deixará o DEM - presidido no Estado pelo primo dele, deputado federal José Mendonça Filho - para poder disputar as eleições do próximo ano, com intuito de voltar ao comando do município. “Meu primo só quer discutir as eleições de Belo Jardim em 2012, mas tenho que resolver minha vida logo. Já havia externado a vontade para o meu tio (José Mendonça, que faleceu em abril deste ano) de me candidatar de novo à prefeitura. Entendo a situação de meu primo, mas ele está tratando a eleição de todo mundo, inclusive a dele, já neste ano. Preciso trilhar meus caminhos”, disse João Mendonça.

Para o político, é “legítimo” que o atual prefeito de Belo Jardim, Marcos Coca-Cola (DEM), queira disputar a reeleição e que o partido o apoie neste sentido. João Mendonça disse que está conversando com lideranças de diferentes partidos e deve definir sua futura legenda até agosto. Ele assumiu estar em contato até mesmo com tradicionais adversários regionais do partido, como o ex-prefeito Cintra Galvão (PTB), e não descarta a possibilidade de virar petebista ou tucano. “Me dou com todos os políticos. O único que hoje me nega a mão é quem ajudei a eleger”, disse, referindo-se ao atual prefeito de Belo Jardim.

João Mendonça, que foi dirigente municipal do DEM por 23 anos, afirmou que não teme se indispor com o primo devido a sua decisão de deixar o partido. “Na política temos que ter coragem. Já esgotei todas as possibilidades de diálogo com o partido”, disse.

Para Marcos Coca-Cola, a notícia de que João Mendonça vai deixar o partido é uma “surpresa”. “É uma perda grande para o partido. Ele é a cara do DEM. Talvez seja uma posição de momento e ele mude de ideia depois”, afirmou o prefeito, que confirmou que pretende disputar a reeleição.

Marcos Coca-Cola afirmou ainda que vê João Mendonça como um amigo. “Acho que não é o caso de chamar de ingratidão (a saída de João Mendonça do DEM), porque não acredito que isso vá acontecer”, afirmou.

RENATA BAPTISTA
Especial para a Folha

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