quarta-feira, 21 de julho de 2010

Jarbas: “Ele se diz super-homem”


Segundo colocado na sucessão estadual, conforme as últimas pesquisas, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não poupa palavras quando provocado sobre seu arquirrival, o governador Eduardo Campos (PSB). Ontem, ao ser questionado sobre a intenção do socialista de dar “a maior vitória” à presidenciável petista, Dilma Rousseff, no Estado, o peemedebista, que apoia José Serra (PSDB), procurou tirar por menos: “Vamos lutar para evitar esse esmagamento do governador. Ele se diz muito forte, super-homem. É lutar para ver se a gente não é tão esmagado”. Sobre o fato de Eduardo ter cancelado a ida ao encontro com os publicitários, marcado para a tarde de ontem, por conta de agenda administrativa no Rio de Janeiro, ele resumiu-se a dizer que “quer os debates”.


Ao falar ao grupo de publicitários, durante debate no Fórum Empresarial da Propaganda em Pernambuco, na TGI Consultoria em Gestão, Jarbas garantiu que o compromisso “número um”, caso seja eleito, está definido: será com a Educação. Na avaliação do peemedebista, não dá para ser um Governo “beija-flor”, que “fica tocando nas coisas sem dar continuidade ou toca em tudo ao mesmo tempo”. “Não é à toa que a refinaria não saiu do chão, que a BR-104, de Caruaru para Santa Cruz do Capibaribe, está semi-paralisada”, justificou, numa referência ao estado inconcluso de algumas obras sob a tutela do Governo Eduardo Campos (PSB). Baseado no exemplo, explicou o porquê de estar decidido a eleger uma meta principal para centrar esforços, e não várias.



Antes, o peemedebista cuidou de “contar uma história bem pequena” - da mesma forma que fará em sua propaganda televisiva -, lembrando ter escolhido a infraestrutura como prioridade de sua primeira gestão (1999-2006), de olho na atração de investimentos. Na esteira, recordou ter adotado a duplicação da BR-232 como compromisso de campanha, em 1998, e ter entregue a obra pronta. “Eu não tinha condições de fazer, no exercício daquele mandato (um investimento grande em Educação), por conta das dificuldades (financeiras) do Estado. Hoje, a situação é outra”, justificou o senador. “Deixamos o Estado arrumado. Acho que, se o Governo atual tivesse investido em Educação e cursos profisisonalizantes, a imprensa local não teria feito a matéria que fez domingo sobre importação de mão-de-obra (para Suape)”, criticou.



Jarbas sublinhou ter deixado o Executivo estadual com a perspectiva de geração de 15 mil empregos só no estaleiro, e que isso deveria ter sido levado em conta por seu sucessor. “Quando eu digo que o Governo foi relaxado, é no sentido de não ter cuidado da Educação, fazer o que a gente não pôde fazer antes, porque não tinha os recursos que hoje têm”. “Eu sempre tive capacidade para definir prioridades”, definiu-se Jarbas. Ele ainda tachou os números de Segurança Pública divulgados, atualmente, como um “blefe”, queixando-se mais uma vez da falta de transparência nos dados, somente baseados em homicídios. “Hoje (ontem), as manchetes dos três jornais relatam tiros em inocentes”, exemplificou.

RENATA BEZERRA DE MELO(FOLHA DE PERNAMBUCO)

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