sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Vereador suspeito de pedofilia no AM tem cela sem privilégios, diz delegado

Vereador foi preso nesta quinta-feira (20), suspeito de pedofilia (Foto: Ivanir Valentim/TV Amazonas)Vereador foi preso nesta quinta-feira (20), suspeito de pedofilia (Foto: Ivanir Valentim/TV Amazonas)







O vereador Jadson Martins de Oliveira, preso na tarde desta quinta-feira (20) ao comparecer à delegacia de Apuí para prestar depoimento sobre vídeos em que ele aparece fazendo sexo com adolescentes, ficará em uma cela separada dos demais presos, mas sem privilégios, segundo o delegado Francisco Rocha. Ele passou por exames de corpo delito e já está detido na unidade.
Segundo Rocha, o vereador deverá cumprir os mesmos horários dos outros presos para visitas e receberá a mesma alimentação. "Estamos cumprindo a decisão judicial que prevê que ele fique em uma cela separada da dos outros presos, porém, não haverá qualquer privilégio. Os horários de visita, tanto dos advogados quanto de familiares, são os mesmos que os outros detidos. Ele terá de cumprir tudo como todo mundo", disse ao G1.
O horário do depoimento de Jadson Martins não havia sido divulgado por medo de represálias, devido à grande repercussão do caso na cidade. No entanto, de acordo com o delegado, não foi registrado qualquer incidente ou tumulto na delegacia durante a apresentação do suspeito. "Penso que a população está satisfeita com o trabalho que está sendo feito pela polícia e pela CPI, que apura os fatos. Tanto na chegada do vereador quanto durante o depoimento não tivemos nenhum problema", disse Rocha.
Jadson Martins deve permanecer detido na carceragem da Delegacia de Apuí, aguardando decisão judicial. Ele já havia sido afastado da Câmara Municipal de Apuí na segunda-feira (17), quando foi aberta Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigá-lo. O vereador também foi afastado do partido ao qual era filiado (PSB), na terça-feira (18).
Entenda o caso
O vereador do município de Apuí é suspeito de aliciar menores de idade. As investigações iniciaram após a divulgação de vídeos em que ele aparece supostamente gravando cenas de sexo explícito com duas adolescentes. As imagens se espalharam na cidade. Uma das vítimas filmadas é sobrinha do vereador do município Dirlan Gonçalves (PROS). O parlamentar entrou com pedido de cassação do colega. Segundo a polícia, as vítimas têm 15 e 16 anos.
Vídeos são investigados pela Polícia Civil (Foto: Reprodução)Vídeos são investigados pela Polícia Civil
(Foto: Reprodução)






Em entrevista ao G1, o titular da delegacia de Apuí, Francisco Rocha, contou que familiares de uma das vítimas formalizaram a denúncia na última sexta-feira (14). "A família chegou à delegacia com dois vídeos pornográficos do parlamentar com duas adolescentes. Já ouvimos as duas meninas e comprovamos que são menores de idade - uma de 15 e outra de 16 anos", informou.
O delegado ressaltou ainda que uma terceira adolescente, de 16 anos, se apresentou à delegacia afirmando também ter sido vítima do vereador.
Os vídeos que chegaram à polícia foram encaminhados a dois peritos do município para avaliar a veracidade das imagens. Foi comprovado que as imagens eram verídicas - sem manipulação ou edição.
Nas imagens investigadas, as jovens pedem para que o homem pare de filmar, mas ele mantém a câmera ligada. Em determinado momento, o rosto do suspeito é filmado beijando uma das adolescentes.
G1 tenta contato com o vereador desde a segunda-feira (17), mas o político não atendeu os telefonemas ou respondeu as mensagens da reportagem.
Marcos DantasDo G1 AM

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