sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Suspeito com HIV é preso por estupro de 21 adolescentes em AL, diz polícia

Fabiana De MutiisDo G1 AL
Polícia aprendeu na casa do suspeito filmes pornográficos, facas, preservativos e documentos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Polícia aprendeu na casa do suspeito filmes pornográficos, facas, preservativos, documentos e remédios (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A polícia começou a ouvir, nesta quinta-feira (13), o depoimento de um homem preso sob suspeita de estuprar pelo menos 21 adolescentes no município de Boca da Mata, Zona da Mata alagoana. Manoel Félix da Silva, 52 anos, foi preso na quarta (12) após denúncias de familiares das vítimas e, segundo o delegado José Aílton de Almeida, o suspeito declarou que tem o vírus HIV.
"Ele mesmo disse que tem o vírus e encontramos na casa dele um coquetel de remédios. Também já foi constatado que ele está de benefício", afirma o delegado ao ressaltar que o suspeito é cortador de cana-de-açúcar.
Ainda de acordo com o delegado, Silva nega todas as acusações. Até o momento desta publicação, nenhum advogado compareceu para defendê-lo. "O suspeito nega tudo, mas os depoimentos dos adolescentes são muito contundentes", relata.
A denúncia partiu de duas mãe e de uma irmã dos menores que sofreram abuso. O conselheiro tutelar Bruno Ribeiro Almeida conta que depois que fizeram a denúncia, surgiram outras mães para relatar os abusos. "A maioria das vítimas é adolescente entre 12 e 16 anos. São 20 meninos e uma menina e acreditamos que possam aparecer outras", explica.

O conselheiro diz ainda que as vítimas contam que eram atraídas por Silva em troca de dinheiro e que os abusos ocorreram nos últimos oito meses. "Ele oferecia também objetos de valor e obrigava os adolescentes a assistir vídeos pornôs com ele. Quando eles se negavam a fazer sexo, ele usava um facão em tom de brincadeira para coagir as vítimas", conta Ribeiro.

Segundo o Conselho Tutelar, 8 das 21 vítimas fizeram o teste rápido de HIV e deu não reagente. "Eles farão outro exame em Maceió, já que o teste rápido não é 100% seguro e como alguns abusos são recentes, pode ser que não apareça. Eles também vão tomar um coquetel de prevenção à Aids", explica.

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