quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Pesquisa mostra queda de evasão escolar e homicídios em PE

Do G1 PE







A taxa de evasão escolar caiu 17,3% em Pernambuco desde 2007, enquanto a redução das taxas de homicídio foi a terceira maior do país. Os números fazem parte do estudo realizado pela Macroplan Consultoria, analisando a situação atual e a evolução na última década em todos os estados brasileiros, a partir de várias dimensões do desempenho de cada um. O resultado do levantamento foi divulgado noBom Dia Pernambuco desta quarta-feira (26).
De acordo com o estudo, os indicadores sociais e econômicos de Pernambuco melhoraram, mas os avanços não atingiram as expectativas em alguns aspectos. A transparência institucional no estado é a segunda melhor do Brasil, perdendo apenas para o Espírito Santo. Apesar disso, o desempenho da juventude, por exemplo, ficou aquém do esperado -- a taxa é a terceira pior do país.
Dez fatores foram analisados: educação, juventude, saúde, segurança, infraestrutura, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, condições de vida, transparência institucional e gestão fiscal. Os dados apresentam os desafios que os novos governantes enfrentarão, procurando mostrar também possíveis soluções para os problemas.
Apesar do bom desempenho de Pernambuco em alguns dos indicadores -- posicionando o estado na contramão do que foi analisado no Nordeste, região que apresentou os mais baixos resultados de modo geral --, duas áreas foram destacadas como foco de atenção dos gestores públicos: a infraestrutura das estradas e a educação da juventude. Segundo o pesquisador Sérgio Buarque, um dos consultores da pesquisa, os jovens que fazem parte da chamada “Geração Nem Nem Nem”, ou seja, não estudam, não trabalham e não estão procurando emprego, são 19% no estado -- o terceiro maior índice do Brasil, menor apenas que as taxas de Roraima e Alagoas.
IndicadoresColocação de PE
Institucional
Educação (IDEB Ensino Médio)
Educação (IDEB Ensino Fundamental)22º
Desenvolvimento Social10º
Condições de vida12º
Saúde (Mortalidade Infantil)12º
Saúde (Expectativa de vida)18º
Segurança18º
Infraestrutura19º
Desenvolvimento Econômico19º
Juventude25º
Buarque aponta que o desempenho de Pernambuco no Ensino Médio, um dos melhores do país, mostra um caminho viável para a melhoria. “As duas frentes são a ampliação do Ensino Médio. A primeira é tornar o Ensino Médio atraente para os jovens. A segunda também está associada às escolas integrais e técnicas, que é preparar profissionalmente esses jovens”, explica, lembrando que a oferta de emprego existe, faltando apenas qualificação para a demanda.
Outro ponto destacado no estudo é a infraestrutura rodoviária do estado. O percentual de estradas qualificadas como boas e ótimas em Pernambuco cresceu, mas o crescimento foi menor do que nos outros estados, o que provocou a queda do índice. “Um desafio no futuro deve ser um investimento forte na infraestrutura do transporte principalmente rodoviário, para poder dar condições de competitividade”, ressalta o pesquisador.
A pesquisa também levanta a importância da gestão dos recursos financeiros, fundamental para o ganho no desempenho dos estados. Buarque explica que uma parceria entre o governo estadual e as prefeituras municipais também é essencial para o avanço na educação. Mais uma estratégia de crescimento apontada pelo pesquisador e pelos resultados do estudo é a inovação, tanto em nível público, na distribuição de recursos, quanto privado, nas organizações empresariais. “O governo deve trabalhar mais próximo dos empresários, para induzir a inovação tecnológica para a nossa competitividade”, explica o consultor.
“A economia, para ser competitiva, deve ter estradas de qualidade, portos muito bons - como nós já temos - inovação nas empresas e qualificação de mão de obra”, lembra Sérgio Buarque, destacando também o que deve ser o centro de atuação da nova gestão de Pernambuco. “Levar adiante o ritmo que nós vimos e os avanços que foram registrados é um desafio, porque embora a estrutura esteja montada para isso e o governo já esteja terminando de elaborar um plano estratégico a longo prazo, a gente cresceu numa base muito baixa”, completa.

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