domingo, 31 de maio de 2009

Sport abre vantagem no Engenhão, mas Botafogo reage na etapa final


As falhas no setor defensivo custaram mais um resultado ruim ao Botafogo, que ainda não venceu no Brasileirão. Na noite deste sábado, no Engenhão, na abertura da quarta rodada, o Alvinegro empatou em 2 a 2 com o Sport, que chegou ao Rio de Janeiro ainda vivendo o clima conturbado dos últimos dias, após as saídas do técnico Nelsinho Baptista e do meia Paulo Baier. O time carioca, por sua vez, novamente foge dos planos de Ney Franco: o técnico esperava a conquista de sete pontos nas três primeiras rodadas, mas foram apenas dois. Depois, com três partidas seguidas em casa - incluindo o clássico contra o Fluminense - a intenção era ter 100% de aproveitamento.


Fora do clima decisivo da rodada do meio de semana, com os confrontos pela Copa do Brasil e Taça Libertadores, as duas equipes voltam a campo no próximo domingo. O Botafogo, que soma três pontos e torce por tropeços de Barueri, São Paulo e Atlético-PR para não voltar à zona de rebaixamento, enfrenta o Tricolor carioca no Maracanã, às 18h30m. O Sport, com apenas dois e a possibilidade de terminar a rodada na vice-lanterna, recebe o Flamengo na Ilha do Retiro, às 16h. Os pernambucanos também seguem sem vitória na competição.

Em 20 minutos, dois ataques e dois gols do Leão

Apesar dos problemas internos, o Sport não fez feio no início da partida. O Botafogo errava muitos passes, e os visitantes aproveitaram para jogar em cima das falhas do adversário. Aos seis minutos, Weldon arrancou pela esquerda, Castillo hesitou na saída do gol, e a bola parou nos pés de Wilson, que, sem ser acompanhado por Teco, empurrou para as redes: 1 a 0 para o Rubro-Negro.

O Alvinegro chegou a ameaçar com Victor Simões, que parou na defesa de Magrão, e Lucio Flavio, cobrando falta, sofrida por ele mesmo, em cima da barreira. Em desvantagem no placar, o time carioca se lançou desordenadamente ao ataque, expondo a defesa às investidas do Leão. Em um contra-ataque pela direita, Moacir driblou Juninho e cruzou para Weldon. Castillo saiu mal e não alcançou, facilitando a vida do atacante. Livre de marcação, ele só teve o trabalho de completar: Sport 2 a 0 com 20 minutos de jogo.

A torcida botafoguense perdeu a paciência e passou a hostilizar jogadores e o treinador Ney Franco. Inoperante, o time tinha nos lances de bola parada a sua única esperança de diminuir a vantagem, e foi num deles que Juninho mandou uma bomba na trave esquerda de Magrão. O goleiro ainda apareceu bem ao defender um chute de Victor Simões, que ainda desperdiçou ótima chance no fim do primeiro tempo: Teco desceu pela esquerda e cruzou rasteiro para o meio da área. O camisa 9 chegou atrasado e não conseguiu alcançar a bola.

Postura muda na etapa final, e Alvinegro chega ao empate

Diante da pressão da própria torcida, que já havia organizado, durante a semana, uma manifestação em frente a General Severiano, o Botafogo voltou com outra postura para o segundo tempo. Com Tony e Léo Silva nos lugares de Túlio Souza e Teco, respectivamente, a equipe ganhou mais força no meio-campo e presença no ataque.

Apesr dos erros de passe e do nervosismo - a torcida passara a direcionar as vaias a alguns jogadores específicos, como Castillo e Alessandro - o time pressionava o Sport, que ficou acuado. O resultado veio aos 15 minutos. Eduardo arrancou pela esquerda e mandou para a área. Tony apareceu na segunda trave para marcar o seu primeiro gol com a camisa alvinegra.

Foi o suficiente para a torcida começar a jogar junto com o time, acreditando na virada. Com a expulsão de Hamilton aos 28, por falta mais dura em Alessandro, os donos da casa passaram a ter o domínio completo da partida - na cobrança, Leandro Guerreiro cabeceou para Magrão fazer defesa espetacular.

O camisa 1 rubro-negro vinha sendo o grande destaque, mas não conseguiu evitar o empate. Aos 39 minutos, Lucio Flavio - que reassumiu a função de dono dos lances de bola parada, à exceção das faltas de média e longa distância, cobradas por Juninho - bateu escanteio com perfeição, e Fahel subiu para cabecear sem defesa.

O Botafogo seguiu pressionando nos minutos finais, mas foi o Sport que quase fez o terceiro, mas Castillo se redimiu ao fazer grandes defesas em chutes de Luciano Henrique e Juliano. Após o apito final de Jailson Macedo Freitas, a torcida alvinegra não perdoou a sétima partida sem vitória do Alvinegro - a última foi contra o Americano (2 a 1), dia 16 de abril, pela Copa do Brasil, mas no confronto em que a equipe acabou eliminada na decisão por pênaltis - e os jogadores deixaram o campo sob muitas vaias.
Fonte: globo esporte.com

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