terça-feira, 26 de maio de 2009
Protesto anti-CPI mira em senadores de PE
Os três senadores pernambucanos, Jarbas Vasconcelos (PMDB), Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB), foram o alvo preferencial da manifestação realizada, ontem, na Câmara Municipal do Recife, contra a CPI da Petrobras. O movimento foi organizado pelo PT, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Sindicato dos Petroleiros (SindPetro). O ato teve início pouco antes das 9h em frente à Casa, onde um carro de som chamava a população para participar da audiência pública de protesto à investigação, dizendo que ela havia sido “criada pelo PSDB e pelo ‘Demo’ (DEM)”.
Durante a audiência pública, que se seguiu no plenário da Casa, o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa (PT), não poupou os adversários em suas críticas. “Maciel foi vice-presidente da República duas vezes e não trouxe para o Estado nenhuma fábrica. Guerra aparece na televisão mentindo, dizendo que conseguiu dinheiro para a BR-104: foi dinheiro do Governo Federal. Jarbas, que foi governador do Estado duas vezes: cadê que no governo dele a refinaria chegou? Como não foi capaz de fazer isso, deve estar com inveja, querendo mostrar serviço”, enumerou. O deputado federal Pedro Eugênio completou, afirmando que os senadores representam o que há de “mais retrógrado” em Pernambuco.
O deputado federal Fernando Ferro (PT), autor do pedido de audiência, em conjunto com o vereador Jurandir Liberal (PT), foi um dos mais enérgicos em seu discurso. “Quem é o senhor Sérgio Guerra para falar em honestidade? Em investigar imoralidade? Sérgio Guerra é o famoso gato: está com a casa, não com o dono da casa. É uma figura que não tem posição política”, disparou Ferro. Ele afirmou que Guerra, aliado do ex-governador Miguel Arraes (PSB), alinhou-se a Jarbas quando o socialista entrou em dificuldades políticas.
Um dos argumentos mais utilizados pelos petistas durante o ato para provar que a CPI teria fins eleitorais foi afirmar que ela está sendo montada, entre outras coisas, para atingir diretamente a ministra e presidenciável Dilma Rousseff, que é presidente do Conselho Administrativo da estatal. “Atacar a Petrobras é querer criar constrangimento político de olho na eleição de 2010”, afirmou Fernando Ferro. Já para o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), a motivação é “tentar desgastar o Governo do presidente Lula, evitando assim a eleição da ministra Dilma, e aqui a sucessão do governador Eduardo Campos”.
BEATRIZ GÁLVEZ (FOLHA DE PERNAMBUCO)
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