terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Arraes e Dilma no centro das atenções

Quando se fala em oferta de energia elétrica em Pernambuco, é praticamente obrigatório para os governistas citar os feitos do ex-governador Miguel Arraes nessa área em sua gestão. E foi isso o que aconteceu hoje à noite, no Palácio do Campo das Princesas, no evento que marcou a superação das metas do programa federal Luz para Todos pelo Estado. Mas as referências a Arraes, avô do governador Eduardo Campos (PSB), tiveram que dividir espaço com os afagos à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A dama-de-ferro do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nome mais cotado na base governista para sucedê-lo em 2010, não se pronunciou durante a cerimônia, mas marcou presença logo na abertura, num vídeo que resumiu a trajetória do programa federal, desde o lançamento dele no Estado, em junho de 2004, e nos discursos das autoridades. Dilma, aliás, teve participação decisiva na execução do Luz para Todos, já que era ministra de Minas e Energia à época que foi lançado.

Eduardo Campos fez questão de prestar um “reconhecimento especial” a Dilma. “Neste dia simbólico, quando passamos a meta do Luz para Todos, cabe um reconhecimento a todos que se envolveram nesse programa, desde Arraes ao comitê do programa [...] Dilma teve um papel importante na consolidação desse programa, que o fez com muita capacidade técnica e política”, frisou.

O socialista ressaltou que a iniciativa de levar energia elétrica a todos os habitantes do Estado foi um sonho que Miguel Arraes conseguiu começar a tirar do papel. “Arraes foi o que mais levou energia para esse Estado. [...] Hoje, ele deve estar feliz de ver o presidente que ele acreditou e votou e o governador que ele educou num momento simbólico como este”, afirmou.

O presidente Lula também recordou os feitos do ex-governador nessa área, aproveitando para cutucar a oposição. “Teve gente que não gostou quando a Dilma citou Arraes como o que mais tinha feito ligações elétricas, quando apresentamos o programa aqui no Estado (em relação ao ex-governador de Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que faz oposição a Eduardo). Pode não gostar politicamente, mas na tem como contestar os números, gostem ou não”, disparou

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