Com o resultado final das eleições municipais deste ano, 18 deputados federais sagraram-se prefeitos ou vice-prefeitos. Logo, os suplentes substituirão esses parlamentares, no próximo dia 6 de janeiro. Ou seja, ainda no período de recesso da Câmara Federal, já com o direito a receber o salário em torno de R$ 16 mil, além dos R$ 15 mil de verba indenizatória, entre outros benefícios. Suplente do federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE) - eleito prefeito de Olinda -, o vereador Fernando Nascimento (PT) aguarda a data para trocar de parlamento, mesmo discordando das regras.
“Eu achei estranho ter que assumir em janeiro. Afinal, a Câmara está de recesso, né? O que fiquei sabendo é que devemos estar a postos para assumir na hipótese de haver uma urgência”, opinou. O petista não sabia que iria receber o salário de federal durante o período de folga. Antes de ser avisado, ele disse achar “quase impossível” receber a remuneração sem estar trabalhando de fato. “Assim que os deputados são eleitos, eles devem renunciar ao cargo no dia 1° de janeiro. Então, não pode haver vacância. Um parlamentar não exerce um mandato só na Câmara”, justificou o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).
Os parlamentares federais eleitos são: Benedito Sá (PSB-PI), Sebastião Madeira (PSDB-MA), Renildo Calheiros, Cristiano Matheus (PMDB-AL), Guilherme Menezes (PT-BA), Jusmari Oliveira (PR-BA), Maria do Carmo Lara (PT-MG), Silvio Peccioli (DEM-SP), Reinaldo Nogueira (PDT-SP), Sandro Matos (PR-RJ), Djalma Berger (PSB-SC), César Shirmer (PMDB-RS), Tarcísio Zimmermann (PT-RS), Carlito Merss (PT-SC), Frank Aguiar (PTB-SP), Custódio Mattos (PSDB-MG), Neucimar Fraga (PR-ES) e Carlos Souza (PP-AM).
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