quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Garota é vítima de abuso sexual

AUGUSTO LEITE
O sonho de uma garota de 13 anos em casar-se na igreja - com direito a véu e grinalda - foi interrompido pelos atos brutais de um estuprador. Os abusos sexuais teriam acontecido de forma constante há cerca de oito meses, em meio a um matagal, localizado na avenida A, no bairro de Maranguape II, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). O suspeito é conhecido apenas como Wellington Índio, que aparenta ter 23 anos e trabalha como mecânico em uma loja de bicicletas. A menina foi violentada pela última vez na última segunda-feira. A vítima surpreendeu a própria mãe, na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), ao dizer que em um dos atos violentos, o rapaz introduziu um cabo de vassoura na vagina dela.
A adolescente resolveu prestar queixa porque as ameaças eram recorrentes. O homem afirmou a ela que ia violentar e matar sua irmã, de 11 anos, e que já havia abusado de outras quatro meninas, sendo que duas delas estariam grávidas. “Fiquei com medo, ele não queria que eu falasse, por isso demorei a prestar queixa. Agora não vou poder realizar meu sonho de casar na igreja”, revelou a garota. A mãe dela, de 46 anos, trabalha com material de reciclagem e tem, ao todo, dez filhos. O que mais a revolta é o fato de todos conhecerem o criminoso.
“Só vou sossegar quando vê-lo na cadeia, não é possível que não peguem ele pois está no mesmo lugar trabalhando. Minha filha é uma boa menina, só vai do colégio para igreja e da igreja para casa. Como foi feita uma ameaça, meu medo agora é que se faça algo contra minha outra filha”, desabafou a mãe. Após registrarem o boletim de ocorrência na GPCA, no bairro da Madalena, no Recife, a menina foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por um exame sexológico. O resultado deve ser concluído na próxima semana.
Segundo a delegada da GPCA, Sheila Costa, responsável pelo caso, a vítima foi ouvida apenas pelo apoio técnico. Hoje, a mãe e a menina serão convocadas para prestarem depoimento. “Como não houve flagrante e não há denúncias de que ele possa ter se evadido do local, o inquérito policial deve ser respondido em liberdade. Mas, podem surgir hipóteses para pedir uma prisão preventiva ou se acontecerem ameaças contra a garota ou testemunhas”, declarou

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