domingo, 28 de dezembro de 2008

Com 79% de aprovação


A popularidade do governo Eduardo Campos (PSB) bateu recorde este mês. Pesquisa da empresa Exatta, publicada com exclusividade pelo Diario de Pernambuco, indica que 79% dos pernambucanos aprovam a administração estadual. O aval à gestão socialista cresceu quase 10% se comparado com a última pesquisa, de julho, e 3,9% da penúltima, realizada em dezembro do ano passado. A Exatta acompanha o desempenho do governo desde abril do ano passado, tendo realizado cinco estudos até agora. De certo modo, o nível de aprovação se traduz nos conceitos dados pelos entrevistados ao governo do estado. Mais de dois quintos das pessoas ouvidas, entre 15 e 19 de dezembro, classificam a administração como boa, enquanto 15% denominam de ótima. O saldo positivo cresce ao se considerar as análises de que a gestão seria regular. Somando-se os três elementos, o governo atingiria 82%, um número quase dez vezes superior às opiniões de que a gestão seria ruim e péssima. "Ogoverno tem acertado ao trabalhar em áreas como saúde, educação e geração de empregos", analisa o gerente de Pesquisa de Opinião da Exatta, João Matos. Ele destaca que isso pode ser notado na distribuição dos conceitos. Ruim e péssimo, exemplificou, caíram quase pela metade. Noutro extremo, as avaliações de que o governo seria bom e ótimo tiveram avanços consideráveis. O atual índice é 25,53% superior ao levantamento inicial da série histórica. E 15,69% maior do que em julho.Em todas as regiões, o governo tem aprovação acima de 70%. A menor delas foi observada no Sertão do São Francisco (72%), seguida do Recife (73%) e do Sertão Pernambucano (76%). Na Região Metropolitana, onde investisse em projetos como de abastecimento d'água, há 78% de aprovação. Dos entrevistados no Agreste, 81% consideraram positivo o governo. Número inferior houver apenas na Zona da Mata. Aqui, com a força do programa Chapéu de Palha, a aprovação é de 87%.A força da gestão Eduardo Campos é praticamente a mesma entre os sexos. Das mulheres entrevistadas, 78% aprovaram o governo, enquanto o aval dos homens ficou em 79%. A pesquisa revela ainda que a administração está bem vista entre os jovens. Na faixa etária de 16 a 24 anos, atinge-se 82%. O índice cai à medida que o eleitor envelhece, decrescendo para 80% entre as pessoas de 25 a 34 anos. Queda maior é percebida nas faixas de 35 a 44 anos e acima de 45 anos. Em ambas, 77%.Quando o aspecto é escolaridade, a tendência da aprovação do governo é a mesma do elemento idade. A Exatta identificou que 80% dos analfabetos e das pessoas que lêem e escrevem aprovam a gestão estadual. Há igualdade (78%) tanto para quem possui o Ensino Fundamental completo e incompleto quanto para os entrevistados com Ensino Médio completo ou não. A redução se acentua entre as pessoas com ensino superior completou ou incompleto, marcando-se 72%.Manter os atuais índices de aprovação, segundo Matos, vai exigir pulso forte de Eduardo Campos. O motivo será a crise econômica, que provocou a recessão nos Estados Unidos,Europa e Japão e já deu sinais de ter chegado ao Brasil com a saída de capitais e demissões. "Isso pode resultar na acomodação de desenvolvimento do estado e ter conseqüências na avaliação do governo. Pode não ser uma ducha de água fria em água quente, mas um tempero", acredita.

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