A delegada Herta de França, da Delegacia da Mulher de Campina Grande, concluiu nesta semana o inquérito que investiga se o jogador Marcelo dos Santos, conhecido como Marcelinho Paraíba, tentou estuprar uma advogada durante uma festa em seu sítio em novembro do ano passado. O indiciamento do atleta do Sport Recife foi mantido e o documento foi remetido de volta pela delegada ao Ministério Público da Paraíba.
O inquérito já havia sido concluído em janeiro, mas foi remetido à Polícia Civil em março pelo promotor Romualdo Tadeu de Araújo Dias, da 5ª Vara Criminal de Campina Grande. Ele solicitou que a delegada fizesse novas diligências para que ele pudesse decidir se denunciava ou não o jogador à Justiça. Segundo Herta, o conteúdo dos novos depoimentos prestados foi encaminhado à Central de Inquéritos do Ministério Público (Caimp). O promotor, no entanto, ainda não recebeu o documento.
Marcelinho Paraíba foi indiciado com base no artigo 213 do Código Penal Brasileiro, que criminaliza o constrangimento mediante violência ou ameaça, com a finalidade de ter conjunção carnal ou a praticar qualquer outro ato libidinoso.
O coordenador da Central de Polícia de Campina Grande, delegado Kelson Vasconcelos, informou que as investigações fornecem "provas robustas" de que o jogador seria o responsável pela lesão nos lábios e um machucado no couro cabeludo da mulher, encontrados durante o exame de corpo de delito. Em seu depoimento, a suposta vítima disse ter sido segurada e beijada à força pelo jogador.
Em entrevistas coletivas dadas desde novembro, Marcelinho mantém as declarações de que seria inocente. O Afonso Vilar diz que o laudo não é suficiente para indiciar seu cliente porque não comprovaria que ele foi o autor das agressões. Já o delegado Kelson Vasconcelos informou que, apesar disto, testemunhas reafirmaram ter visto o jogador assediando a mulher e, por isso, as provas testemunhais também seriam válidas.
Karoline Zilah
Do G1 PB
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