sexta-feira, 20 de abril de 2012
Grupo alternativo da Frente Popular apresenta agenda para o futuro do Recife
Em reunião na tarde desta sexta-feira (20), em que os partidos da Frente Popular que desejam acrescentar candidaturas alternativas para a Prefeitura do Recife apresentaram uma agenda conceitual para a cidade, o senador e presidente estadual do PTB, Armando Monteiro Neto, afirmou que a possibilidade de ser determinado ao menos um nome é grande em caso de racha no PT. “Nós não sabemos como será o desfecho do processo do PT. O que temos assistido indica o acirramento da disputa. Portanto a Frente Popular não deve ficar a mercê das contradições internas de um partido, por mais importante que seja esse partido”, disse o petebista.
Em seguida, ele deu a entender que defendia a candidatura de um nome que reunirá, além do PTB, o PDT, PP, PRB, PSC e PV, mas disse compreender o surgimento de outras candidaturas. No entanto, ele descartou a chance de definir a estratégia antes do resultado das prévias petistas.
A tecla mais apertada no evento foi a cidade precisa de um debate que discuta as necessidades a longo prazo e que atendam as pessoas mais diretamente. Os pontos mais criticados pelo grupo foram a falta de um planejamento urbano que sustente ao crescimento do Recife e da Região Metropolitana e a mobilidade, que segundo eles, se encontra travada. Um dos pontos defendidos está a valorização de carreiras públicas sob a alegação de se preocupar com as pessoas.
Como uma proposta mais clara, foi discutida a ampliação da participação popular na gestão da cidade, numa forma de criticar o Orçamento Participativo implantado pelo PT desde a passagem de João Paulo pela PCR. Segundo o presidente estadual do PV, o OP “não atinge todas as camadas da sociedade e atende apenas problemas de curto prazo”.
“O que nos reúne é a compreensão de que nós temos todos responsabilidades com o Recife. Quero dizer que esse movimento não é uma dissidência, não é uma fratura na Frente Popular. (Esse movimento) Tem a compreensão que a Frente Popular, com a sua importância, precisa examinar alternativas no interesse desse projeto que está em curso em Pernambuco”, concluiu Armando Monteiro Neto.
Os alternativos também não deixaram claro se abrirão mão da candidatura caso Maurício Rands vença a disputa petista, apenas argumentam que precisam esperar para ver a força que terá o PT após as prévias. Segundo o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e próprio senador, o desejo de apresentar um nome alternativo nasceu desde o ano passado, quando as estatísticas mostraram uma insatisfação da população com a gestão do prefeito João da Costa. “Tanto que logo que Fernando Bezerra Coelho transferiu seu domicílio eleitoral para o Recife, nós entramos em contato com ele e demonstramos apoio à atitude dele, e também colocamos isso para o governador (Eduardo Campos)”, disse Armando Monteiro Neto.
GERALDO LÉLIS, do FolhaPE
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