quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
‘Dei soco para me defender’, diz Maguila sobre briga com segurança em SP
O ex-boxeador Adilson Rodrigues, o Maguila, preso na manhã desta quarta-feira (30) suspeito de agredir um segurança de um parque em São Paulo, afirmou que apenas se defendeu do vigilante. Maguila chegou a ser detido por seguranças e policiais militares e levado junto com a vítima ao 10º Distrito Policial, na Penha, Zona Leste, onde prestou depoimento. Ainda durante a manhã, ele foi liberado.
Ao G1, o ex-atleta contou que o vigia e mais outro funcionário o barraram na entrada do Parque Ecológico do Tietê, o xingaram de analfabeto e o ameaçaram com um facão. “Eu, então, dei o soco para me defender”, disse.
De acordo com a Polícia Civil, a briga começou porque o segurança proibiu a entrada do ex-pugilista por um portão de acesso restrito. Com ferimentos leves no nariz e na boca, o segurança nega as acusações de Maguila. Ainda segundo a polícia, em 1998 Maguila teve passagem pela polícia por desacato contra um policial civil.
Na versão do agredido, Maguila tentou entrar com seu carro pelo portão 3, mas foi impedido. “Ele pediu meu nome para fazer uma reclamação”, disse Raimundo Francisco Santos Filho, 36 anos. Após algumas trocas de olhares, o ex-pugilista “partiu para cima”, segundo Santos Filho. Outros vigias tentaram impedir que o ex-pugilista fugisse e chamaram a Polícia Militar. Em seguida, os policiais militares o detiveram e o obrigaram a ir até a delegacia.
De acordo com a assessoria de imprensa da PM, essa situação descrita acima caracterizou prisão porque o suspeito de agressão foi impedido de sair do local por seguranças. Além disso, foi obrigado por policiais a ir ao DP prestar depoimento. Maguila, no entanto, não foi algemado.
Segundo o delegado Marcos Gercke, plantonista do 10º DP, liberou o suspeito após Maguila prestar depoimento. Mesmo assim, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o que aconteceu. O facão foi apreendido. “Não sabemos se a arma foi usada antes do soco ou depois”, completou o policial.
Bruno Azevedo
Do G1, em São Paulo
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