A volta de Michael Schumacher à Fórmula 1 pela equipe Mercedes GP, anunciada na quarta-feira (23), coloca à prova e pode intimidar a nova geração da categoria, representada por pilotos como Sebastian Vettel e Lewis Hamilton, principais revelações dos últimos anos.
Tanto o alemão Vettel, de 22 anos, quanto o inglês Hamilton, de 24, estrearam na F-1 em 2007, um ano após a saída de Schumacher, que completa 41 anos no próximo dia 3. A chegada do alemão representa um novo desafio para o alemão da Red Bull e o inglês da McLaren, que até hoje tiveram como adversários, basicamente, pilotos de sua própria geração.
Vettel, por exemplo, tinha apenas sete anos quando Schumacher deu o primeiro título da F-1 à Alemanha com a Benetton, em 1994. Depois, Schumacher repetiu a conquista no ano seguinte e mudou para a Ferrari, onde faturou mais seis taças.
A presença do heptacampeão pode intimidar alguns dos jovens pilotos, que pensarão duas vezes na hora de dividir uma curva com o detentor da maioria dos recordes da F-1, mesmo que o carro da Mercedes fique abaixo das expectativas e tire Schumacher da disputa pelo título.
Depois do primeiro título do piloto na F-1, em 1994, a categoria só teve mais quatro campeões até 2006, quando o alemão deixou as pistas: Damon Hill, Jacques Villeneuve, Mika Hakkinen e Fernando Alonso. Nos últimos três anos, sem o alemão, a F-1 teve três campeões diferentes: Kimi Raikkonen, Lewis Hamilton e Jenson Button.
Outros competidores que estão atualmente na F-1 também enfrentaram pouco o heptacampeão, como seu companheiro na Mercedes em 2010, o alemão Nico Rosberg (de 24 anos) e o polonês Robert Kubica (25), que vai para a Renault. Ambos entraram na categoria em 2006, no último ano de Schumacher.
Quem mais conhece o heptacampeão nas pistas é o brasileiro Rubens Barrichello, que entrou na F-1 em 1993 – Schumacher estreou dois anos antes. Ambos foram companheiros de equipe na Ferrari, e o brasileiro demonstrou insatisfação por ser escudeiro do alemão, que conquistou cinco títulos no período da parceria, entre 2000 e 2004.
No caso de Felipe Massa, companheiro de Schumacher em 2006, a relação com o piloto da Mercedes é de amizade. Já Alonso, que corre pela Ferrari no próximo ano, ganhou dois títulos com Schumacher ainda na F-1, em 2005 e 2006 – no segundo, superou justamente o alemão e o deixou com o vice, levando o bi para a Renault.
Do R7
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