quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Suspeito de integrar quadrilha que falsifica documentos é preso no Recife
Nesta terça-feira (17), um homem foi preso no Recife suspeito de integrar uma quadrilha nacional de falsificação de documentos. A Polícia Federal (PF) cumpriu ainda cinco mandados de busca e apreensão na capital pernambucana. As ações fazem parte da Operação Vidência, desencadeada também em outros dez estados brasileiros.
Eduardo de França Silva Filho (foto), 28 anos, foi preso na casa dele, no bairro de Dois Unidos. De acordo com a polícia, o suspeito era considerado o braço da organização criminosa no Nordeste e agia obtendo certidões de óbito nos cartórios regionais com atestados e guia de óbitos falsos para serem encaminhados para São Paulo.
Ele foi autuado por estelionato, falsificação de documento público e formação de quadrilha e pode pegar penas de mais de 12 anos de prisão. Eduardo Silva Filho será encaminhado para o Centro de Triagem (Cotel), onde ficará a disposição da Justiça Federal de São Paulo
Os mandados de busca e apreensão no Recife foram cumpridos nos bairros de Dois Unidos, na avenida Norte (Casa Funerária Arraial), Casa Amarela e Beberibe, além do bairro de Jardim Atlântico, em Olinda.
INVESTIGAÇÃO
As investigações começaram em São Paulo, por uma Força-Tarefa Previdenciária composta pela PF, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal. Os agentes identificaram a presença de uma organização criminosa que agiria confeccionando documentos para obter benefícios de pensão por morte na Previdência Social.
De acordo com a polícia, o grupo falsificava documentos como Certidões de Casamento, Identidades, Atestados de Óbitos e Procurações. Eram feitos documentos para pessoas fictícias, que faleciam após pagarem duas ou três contribuições sociais, garantindo aos seus supostos dependentes os benefícios.
Em seguida, a quadrilha obtinha empréstimos consignados junto a instituições financeiras, utilizando-se dos benefícios previdenciários conseguidos de maneira fraudulenta. O golpe era aplicado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Distrito Federal e Goiás.
A polícia estima que, se a organização criminosa continuasse atuando, o prejuízo aos cofres da Previdência Social poderia chegar a R$ 32 milhões, sem contar o prejuízo causado a instituições financeiras públicas e privadas.
Participam da operação 83 policiais federais e dois servidores da Previdência Social, que cumpriram 12 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em todo o país. Também serão cumpridas ordens de bloqueio de contas bancárias e seqüestro de veículos automotores utilizados pelo grupo criminoso. As ações estão sendo realizadas nos município de São Paulo (capital), São José dos Campos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campos de Goytacazes (RJ), Salvador (BA) e Goiânia (GO).
Da Redação do pe360graus.com
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