terça-feira, 17 de novembro de 2009
Lula, o filho de dona Lindu, ganha as telonas do país
Acostumado com os holofotes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ganhar no começo de 2010, em janeiro, as telas de cinema de todo o país. Baseado no livro homônimo de Denise Paraná, o filme Lula, o filho do Brasil, do diretor Fábio Barreto, conta a história de vida do ex-metalúrgico antes da sua chegada à Presidência - desde o seu nascimento, em 1945, até 1980, quando virou líder sindical no ABC Paulista.
O filme vai abrir o 42º Festival de Cinema, em Brasília, que começa nesta terça-feira (17) e vai até o dia 24. No fim do mês, dia 28, o filme terá pre-estreia em São Bernardo, São Paulo, e deverá contar com a participação do presidente e família.
Para o filme, foram convocados três mil figurantes e 130 atores, entre eles, Rui Ricardo Dias (como Lula), Glória Pires (como Lindu, mãe de Lula), Cleo Pires (como Lurdes, a primeira mulher do presidente) e Juliana Baroni (como a primeira-dama Maria Letícia).
As filmagens se dividiram entre as duas terras que marcam as trajetórias do presidente, tanto a pessoal, em Pernambuco, onde enfrentou a seca, quanto a política, em São Paulo, onde trabalhou como operário e participou de sindicatos. As filmagens aconteceram entre 20 de janeiro e 18 de março de 2009.
O ator Rui Ricardo Diaz disse ao R7 que o filme conta, além da história de Lula, a batalha de Dona Lindu, a matriarca da família Silva, que criou oito filhos sozinha com o lema "nesta família ninguém vai ser ladrão ou prostituta" e conduziu a famosa viagem em pau-de-arara do sertão até Santos que durou 13 dias.
- O filme tem a pegada muito forte sobre a mãe dele, quando eu conversei com os irmãos de Lula todos se emocionam muito para falar dela, é bonita a união deles. Muito do que ele [Lula] venceu foi porque ele seguiu os conselhos da mãe, que dizia para ele que ele não podia parar nunca, a influência dela.
Lindu não chegou a ver o filho sentar na cadeira de presidente, morreu em 1980.
A autora do livro, Denise Paraná, admite que é impossível separar o lado humano do político, mas disse que o foco é a trajetória pessoal do presidente.
- Quem for assistir ao filme já vai sabendo que Lula é um político. Já vai com este olhar. Mas o que eu quero dizer é que o foco da biografia que produzimos em livro ou no cinema não é o foco político, mas sim o humano, o pessoal.
A assessoria do filme disse que a produção não contou com leis de incentivo municipal, estadual ou federal e teve o patrocínio de empresas privadas.
Andréia Sadi, do R7
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