Um homem foi preso, segunda-feira, em Panelas, no Agreste, acusado de abusar sexualmente de dois meninos de 9 e 11 anos. Procurado pela polícia, Antônio Caetano dos Santos, 48, reagiu à prisão usando uma faca e foi atingido por dois tiros, no ombro e na perna, antes de ser dominado. Revoltados, moradores do local espancaram-no. Ele precisou ser socorrido pela polícia.
O crime aconteceu na zona rural e foi descoberto depois que os garotos sumiram, no sábado. No dia seguinte, o pai de um deles procurou o filho com uma foto e foi informado por outras crianças que o menino estava na residência do acusado. O menino de 9 anos foi levado pelo pai, mas Antônio Caetano não teria deixado o mais velho sair.
A outra vítima foi resgatada na segunda-feira, quando a família procurou a polícia. Acompanhado dos parentes, o agente de plantão na delegacia foi até o sítio onde morava o acusado e encontrou a criança.
“Depois de discutir, ele reagiu à prisão armado com uma faca e o agente foi obrigado a atirar para contê-lo”, relatou o delegado Erick da Silva Lessa, que registrou a ocorrência na Delegacia de Bezerros, mesma região, onde estava de plantão. Antônio Caetano teve que ser protegido pela polícia para não ser linchado. Depois de preso, ele foi medicado no hospital municipal.
Os garotos fizeram exame sexológico no IML de Caruaru, no Agreste. De acordo com o delegado, os médicos informaram que houve abuso sexual, mas o laudo oficial só será divulgado em 30 dias.
Erick Lessa informou que o acusado atraía as crianças prometendo dar bicicleta de presente, para que eles permitissem a consumação de atos libidinosos.
Antônio Caetano negou os crimes, mas confirmou que os garotos haviam dormido na casa dele. “Isso (o abuso) não aconteceu. Peguei a faca depois de apanhar muito”, argumentou.
Ele foi autuado por atentado violento ao pudor e resistência à prisão e encaminhado ao presídio de Palmares, na Zona da Mata. Se for condenado, pode pegar uma pena de 12 a 20 anos. O acusado é reincidente e já cumpriu pena de três anos e nove meses pelo mesmo crime.
Do Jornal do Commercio
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