
Seis empregados de uma loja de material de demolição foram feitos reféns neste sábado, em Olinda, durante tentativa de assalto frustrada por policiais civis. Na abordagem, houve troca de tiros e o agente Ari Nunes da Silva foi atingido de raspão no tórax. O acusado de praticar o crime, Jamerson Douglas de Lima, 19 anos, está preso.
As vítimas contaram que o rapaz chegou por volta do meio-dia perguntando onde ficava uma rua e, em seguida, anunciou o assalto. “Trancou a gente num vão e bateu em todo mundo. Ninguém escapou das coronhadas”, disse o marceneiro Antônio Francisco dos Santos Filho, 50 anos. “O pior momento foi quando engatilhou o revólver na minha cabeça, pedindo dinheiro. Ele achava que eu era o dono. Nesse momento pensei que fosse morrer mas Deus me livrou do pior”
O dono do estabelecimento comercial, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que Jamerson colocou o cano do revólver na boca dele. “Por duas vezes ele enfiou a arma na minha boca”, contou, mostrando um ferimento nos lábios. “Essa é a terceira vez que sou roubado. Não aguento mais. Vou entregar o ponto”, revela.
Um funcionário que conseguiu escapar sem ser visto por Jamerson correu até a Delegacia do Varadouro, localizada a menos de 500 metros. O delegado Alberes Félix, que estava no local com uma equipe, chegou no momento em que Jamerson recolhia celulares e dinheiro..
Segundo o delegado, ele agia com um comparsa, que fugiu a pé. O rapaz seria encaminhado ainda ontem para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. “Ele será acusado de tentativa de assalto e de tentativa de homicídio, já que engatilhou a arma na cabeça do marceneiro”, afirma Alberes.
O acusado garante que agiu sozinho. Ele contou que vinha da Praia de Pau Amarelo, de ônibus, quando viu o proprietário fazer pagamentos. “Fui para casa, em Santo Amaro, apanhei a arma e voltei de bicicleta para pegar o dinheiro”, conta. Jamerson revelou que tinha bebido três cervejas e que esse foi seu segundo assalto. “O primeiro foi num carro que parou na Avenida Agamenon Magalhães.”
O acusado disse que comprou a arma, um revólver 38, na feira do troca-troca de Peixinhos, em Olinda. “Já trabalhei numa gráfica e fiz panfletagem. Agora estou sem emprego. Minha mãe está passando necessidade e, por isso, resolvi assaltar.”
Do Jornal do Commercio
Atualizada às 19h29
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