terça-feira, 12 de maio de 2009

PAULO COELHO


Da parada
Postado por Paulo Coelho em 12 de maio de 2009 às 00:20
Não se esqueça que, às vezes, é preciso parar. Ou os pés ficam feridos, a mente se distrai e o cansaço empobrece a busca.

A tradição acadêmica tem o “ano sabático”; a cada sete anos de trabalho, o professor passa um ano longe da universidade. Ao sair da rotina, ele abre espaço para novos conhecimentos.

Na antiguidade, os camponeses dividiam sua terra em sete terrenos: a cada ano, um deles ficava abandonado, sem produzir nada. Ali cresciam ervas daninhas, mato, tudo que a natureza tivesse vontade de produzir sem interferência do homem. Desta maneira, a terra se revigorava e era capaz de - no ano seguinte - aceitar a semente do agricultor.

Quem não para por livre vontade, termina sendo paralisado pela vida. Na busca - como em tudo o mais - ação e inação tem a mesma importância.

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