domingo, 1 de abril de 2012

Quatro mulheres perdem visão após cirurgia de catarata em Caruaru, PE


Quatro mulheres perderam a visão de um dos olhos após cirurgias para a retirada de catarata, no município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Elas foram submetidas à operação na última quarta-feira (28), no Instituto da Visão de Pernambuco. Após o procedimento, as mulheres apresentaram um grave de infecção, provavelmente devido uma bactéria.

Por conta disso, as mulheres foram encaminhadas para o Hospital de Olhos de Pernambuco, no Recife, e já tiveram alta. De acordo com o hospital, as pacientes chegaram à unidade em estado grave e a equipe não conseguiu recuperar visão delas. Ainda segundo a unidade, o quadro é irreversível. No total, 15 pessoas trabalharam durante17 horas para tentar reverter o quadro, mas sem sucesso.

O bloco cirúrgico do Instituto da Visão de Pernambuco foi interditado pela Vigilância Sanitária do município na sexta-feira (30). O diretor do Departamento de Vigilância e Saúde, Paulo Florêncio, afirmou que, apesar da interdição, nada de irregular foi encontrado no local. “Aparentemente, as condições físicas, estruturais e de equipamentos estavam normais. Não podemos dizer da técnica, do procedimento.

Não encontramos nada que a gente pudesse desconfiar. O bloco ficou interditado e só vai ser desinterditado quando chegarmos à causa desse problema para não prejudicar outras pessoas. Estamos esperando os resultados dos exames no Recife. Quando tivermos com eles, vamos tentar chegar a alguma conclusão do caso. Qualquer suposição é irresponsável. Temos que estudar antes de fazer qualquer coisa”, afirmou.

No Recife, será realizado um exame com o material recolhido dos olhos das pacientes para averiguar o caso.

As pacientes estão recebendo atendimento por conta do Instituto da Visão de Pernambuco. O médico Renato Lira, um dos sócios da unidade, não quis dar entrevista e afirmou apenas que quer concluir a etapa de apoio aos pacientes e famílias. Na próxima segunda-feira (2), ele fará uma reunião com o advogado, para, então, se pronunciar sobre o caso.

Do G1 PE

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