O caminho almejado por 21 deputados estaduais cotados para concorrer a prefeito, no ano que vem, já foi percorrido, em 2008, por seis atuais gestores municipais. Na última eleição municipal, os então ocupantes de assentos na Casa de Joaquim Nabuco alcançaram uma vitória nas urnas, e interromperam seus mandatos estaduais, que ficaram com os respectivos suplentes. Dessa lista, fazem parte João da Costa (PT/Recife), José Queiroz (PDT/Caruaru), Elias Lira (DEM/Vitória de Santo Antão), Lourival Simões (PR/Petrolândia), Antônio Figueirôa, o Toinho do Pará (PTB/Santa Cruz do Capibaribe), e Ricardo Teobaldo (PSDB/Limoeiro).
O tucano, que foi deputado estadual entre 2003 e 2008, afirma que tomou a decisão de concorrer ao Executivo por conta das opções que o cargo oferece. “Você tem condições de fazer e realizar concretamente as coisas. O Poder Legislativo é diferente. Tanto que, em toda eleição para prefeito, você vê um número grande de deputados estaduais concorrendo, geralmente nas suas bases principais. Hoje, o que eu estou podendo fazer em Limoeiro, eu jamais poderia fazer como deputado estadual. Como federal, você ainda legisla, tem emendas, coloca recursos, coisas que estadual não tem”, relata Teobaldo.
Para João da Costa, a conquista de um mandato estadual não implica em uma disputa para prefeitura municipal. O petista, que foi o terceiro estadual mais votado em 2006, conquistou a Prefeitura do Recife dois anos depois no primeiro turno. “Às vezes a conquista do mandato estadual abre a possibilidade para uma disputa majoritária. Mas depende de uma articulação política. Um deputado estadual tem uma referência de votação eleitoral, para se credenciar. Agora, não é um trampolim, e não existe a transferência automática dos votos de uma eleição para outra. Cada eleição é específica. Mas se você tem um trabalho já consolidado ao longo do tempo e um base que lhe apoia, é algo favorável”, observa João da Costa.
Quatro integrantes da Assembleia, hoje, passaram pela situação de não alcançar um cargo executivo, mesmo detendo um mandato estadual. Em Paulista, Sérgio Leite (PT) disputou as eleições de 2004 e 2008, nas quais ficou em terceiro lugar. No entanto, o crescimento de 15.916 para 41.776 votos em quatro anos motiva o petista a tentar novamente no ano que vem.
Em 2008, Edson Vieira (PSDB) se candidatou a prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, mas ficou no segundo lugar, com 18.516 votos. Na mesma posição, ficaram Carlos Santana (PSDB), em Ipojuca (13.456 votos), e André Campos (PT), em Jaboatão dos Guararapes (90.821 votos). Betinho Gomes (PSDB) também concorreu para o Cabo de Santo Agostinho naquele ano, mas não era deputado na ocasião.
Fonte:FOLHA DE PERNAMBUCO
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