quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Brasileira que forjou ataque neonazista vai a julgamento por induzir a Justiça ao erro
A brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, que em fevereiro admitiu ter forjado um ataque neonazista em Zurique, capital da Suíça, vai a julgamento nesta quarta-feira (16). Ela é acusada de "induzir a Justiça ao erro" ao denunciar o falso ataque à polícia.
Se condenada, Paula deve ter de pagar multa de até R$ 10 mil, além de arcar com os custos do processo judicial. A procuradoria de Zurique não deve pedir a prisão da brasileira.
A defesa de Paula deve alegar que ela sofre de distúrbios mentais. A família diz que a acusada é portadora de lúpus, doença autoimune que pode causas transtornos psicológicos.
A reportagem do R7 procurou o advogado Roger Müller, que representa a brasileira, mas sua secretária disse que ele não vai comentar o caso.
Brasileira forjou ataque
No dia 9 de fevereiro, Paula Oliveira chamou a polícia e disse ter sido agredida e torturada por um grupo de neonazistas em uma estação de trem na periferia de Zurique. Ela alegava estar grávida de gêmeos e afirmou que teve parte do corpo retalhado por estilete.
O corpo de Paula exibia marcas da sigla SVP (Partido do Povo Suíço), grupo político conhecido por suas ações anti-imigrantes e criticado por parte da sociedade suíca pela suposta orientação racista.
No dia 13 de fevereiro, a polícia de Zurique afirmou que Paula não estava grávida no momento do suposto ataque e disse que ela poderia ter infligido os ferimentos a si mesma. No dia 19 do mesmo mês, autoridades disseram que a brasileira admitira haver forjado o ataque.
Na época, o jornal suíço Tages Anzeiger publicou que Paula havia inventado a gravidez para forçar o noivo, um economista suíço, a se casar com ela. De acordo com o diário, a brasileira tentava obter o visto de permanência para viver no país.
Do R7
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