segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Vitória retumbante de Eduardo


O governador Eduardo Cam pos (PSB) foi reeleito, ontem, em primeiro turno, para um novo mandato de quatro anos com a maior votação já registrada na história de Per nambuco. Até 2h, quando 99,99% da apuração já tinha sido concluída. Eduardo tinha 3.450.684 votos (82,84%). Uma vitória acachapante de quase três milhões de sufrágios sobre seu principal adversário, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que registrava 585.719 votos (14,06%). Com a votação, Campos também consagrou-se o governador proporcionalmente mais votado do Brasil, desbancando candidatos de peso do PT, PMDB, PSDB e de seu próprio partido.
Sérgio Xavier (PV) foi o terceiro, tinha 86.542 (2,08%) e Edilson Silva (PSOL) o quatro - registrava 37.257 (0,89%). Em quinto, figurava Fernando Rodovalho (PRTB), com 2.751 (0,07%); seguido por Jair Pedro (PSTU), com 2.748 (0,07%). Roberto Numeriano (PCB) concorreu sub-judice, por isso seus votos não fotam computados, ainda. Os votos em branco foram 293.491, e os nulos 582.465. Também foram registradas 1.214.180 abstenções.

À noite, em entrevista coletiva, Eduardo Campos atribuiu a vitória ao “trabalho” a que se dedicou no exercício deste mandato. Comprometeu-se a priorizar a “continuidade do processo de mudança na economia e no serviço público”. “O povo também estava a fim de derrotar esse jeito de fazer campanha. De valorizar outro jeito de fazer política em Pernambuco, que as pessoas se respeitem e botem as ideias para brigar”, cutucou.

Questionado sobre o sentimento em derrotar Jarbas, Campos afirmou ser o de “responsabilidade” e “gratidão” ao povo. Em seguida, fez um desabafo. “Nunca aprendi com Dr. (Miguel) Arraes a ter ódio e ressentimento. Muitos imaginavam que aquela vitória (em 2006) era o troco. Que iríamos cuidar de alimentar aquela política que Per nam buco viu oito anos sendo alimentada contra meu avô, um homem público que honrou o voto popular. Que foi durante oito anos agredido da forma mais sórdida que uma pessoa humana poderia ser agredida. Aprendemos a ter largueza, tivemos nossa família na cadeia, no exílio. Na adversidade crescemos com o coração largo”.

Eduardo disse que perdoa seus adversários por todos ataques e agressões que ele teria sofrido. “Quero perdoar todos os ataques e agressões que recebi durante essa campanha e durante a minha vida pública. Quero pedir a todos os meus companheiros, às pessoas da minha família, às pessoas que sofreram com meu avô, comigo, que deixem isso para trás. Ninguém constrói o futuro com ódio no coração. Essa briga já passou, essa página já foi virada”, pontuou.

Ressaltando que já viveu momentos de revezes na política, o governador afirmou que soube refazer seu caminho. Também ponderou que, apesar de ter maioria nas duas casas, é importante ter oposição. “Agora, eu não posso cuidar de construir votos para a oposição. Já fui oposição e nunca pedi a situação de então que construísse votos para nós”, sublinhou, enfatizando que sua preocupação não é administrar sua base, mas o Estado.

Fonte:FOLHA DE PERNAMBUCO

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