quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Falta de leitos em hospitais públicos leva pacientes à morte no Brasil

Esperar na fila, ser mal atendido, não encontrar médicos são reclamações de rotina nos hospitais públicos de muitas cidades brasileiras. Mas agora a questão é de vida ou morte, já que casos diários mostram que não há vagas nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) quando o paciente mais precisa. Nem mesmo quando recorre à Justiça. Casos dramáticos acontecem no Rio de Janeiro e na capital do país onde pacientes precisam de internação, com urgência, em centros de tratamento intensivo.

Um exemplo foi de uma mulher que estava prestes a dar à luz e não conseguiu internação nas unidades públicas de saúde da Baixada Fluminense. Mesmo com muita dor, precisou voltar para casa. É comum faltar médicos e leitos nos hospitais da região.

Segundo o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, a central que organiza a distribuição de leitos de emergência deixa de atender diariamente de 30 a 40 pedidos de vagas.

A situação da saúde também causa revolta em Brasília. A reportagem do Jornal da Record mostra o drama da manicure Valéria da Silva. Ela foi à Defensoria Pública da cidade para tentar uma vaga em uma UTI para a amiga, internada com esclerose múltipla. Da médica ouviu a seguinte frase:

- UTI ou não ela vai morrer do mesmo jeito. Para que UTI para uma pessoa dessa?

A defensoria pública estima que faltam 60 leitos de UTI na capital do país. Atualmente, pelo menos 40 pessoas recorrem à Justiça todos os dias para tentar uma vaga em Brasília. Mesmo com ordem judicial, muitas não conseguem.

No último sábado, um menino de dois anos morreu com meningite à espera de uma UTI na cidade.

Veja a reportagem completa do Jornal da Record.

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