sábado, 16 de janeiro de 2010

Suspeitos de arrastar adolescente podem pegar 30 anos de prisão


Os três rapazes presos em flagrante suspeitos de agredir e arrastar o adolescente Maxwel Daltivo Cardoso de Sá, de 15 anos, que estava em um ponto de ônibus na Zona Norte de São Paulo na noite desta quinta-feira (14), podem pegar mais de 30 anos de prisão.

A polícia acredita que os jovens com idade entre 18 e 24 anos sejam skinheads. Mas, na delegacia, os acusados negaram pertencer ao grupo que prega a intolerância contra negros, homossexuais, punks e nordestinos. Os três vão responder por tentativa de homicídio triplamente qualificado.



Estado grave


O rapaz agredido está internado no Hospital Cahoeirinha, na Zona Norte, em estado grave. O adolescente teve traumatismo craniano, perfurações no pulmão e em um dos rins, além de cortes e fratura pelo corpo. A família diz que ele faz parte de um grupo punk e que pode ter sido agredido por isso.

Maxwel estava em um ponto de ônibus no fim da noite quando um carro com os três rapazes se aproximou. O adolescente foi agarrado pela camisa. O braço dele ficou preso e o carro partiu. O adolescente foi arrastado por cerca de 60 metros e depois empurrado para o chão, com o veículo ainda em movimento.

Testemunhas telefonaram para os bombeiros. Enquanto o rapaz era socorrido, elas avistaram o carro com os agressores: eles tinham voltado ao local do crime. Guardas municipais foram avisados, saíram em perseguição e prenderam três rapazes.



Condenação


Na noite desta quinta-feira (14), a Justiça condenou três rapazes por um crime parecido. Eles eram acusados de matar, em junho de 2007, o garçom John Cleiton Moreira Batista, que, na época, tinha 19 anos. Outros dois acusados de participar da morte do garçom têm julgamento previsto para o dia 11 de março.

O promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes, que fez a acusação, diz que os grupos que pregam a intolerância estão agindo com mais violência e contra qualquer pessoa. “Não se fala de intolerância sexual, não é intolerância quanto à cor, não é intolerância social. Esses jovens de movimento punks, skinheads e congêneres são intolerantes contra quem não é do grupo. Este é o motivo determinante do crime”, afirmou.


Do G1, com informações do SPTV

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