quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Agreste pernambucano sofre com chuvas fortes
Nas rodas de amigos, tem um assunto que virou preocupação este mês e tem dominado as conversas. Janeiro deveria ser um mês de sol e praia, mas não tem sido assim. No dia 20, faltando 11 dias para o fim do mês, o volume de chuva já é 16% maior do que a média prevista para todo janeiro. A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia do Recife.
E não é só na Região Metropolitana que está chovendo muito. Em Gravatá, no Agreste, o excesso de água causou destruição. Na Travessa da Paz, bairro da Boa Vista, em Gravatá, a casa de Maria José da Silva foi ocupada. “Começou a chuva, e fui avisar à vizinha, para ela abrir a porta para deixar a água passar. Quando voltei, a casa já tinha sido invadida pela água e levado tudo”, contou.
De acordo com a Defesa Civil do município, isso acontece porque as casas estão em uma área considerada de risco, uma vez que foram levantadas em cima de uma galeria de esgoto. “A população vem construindo casas em cima das galerias, ocasionando o estreitamento das caixas de calhas de água”, falou o coordenador de Defesa Civil, Edmar Esteves.
Algumas famílias passaram a noite acolhidas em abrigos disponibilizados pela prefeitura, e outras também passaram a noite na casa de parentes.
Em Caruaru, também no Agreste, a água e a lama invadiram as casas. O trânsito ficou complicado na BR-104, e os motoristas tiveram que tomar mais cuidado na estrada. A chuva foi tanta que aumentou o nível do rio Ipojuca, perto da ponte do Riachão.
“A chuva encheu toda minha casa de água e lama. Quanto mais tirava água, mais entrava, sujando tudo. Não teve como evitar”, disse a costureira Vanúzia Souza. O coordenador de Defesa Civil de Caruaru, tenente-coronel João Bosco, disse que não haverá maiores transtornos. “Eu entrei em contato com Belo Jardim, e nos informou que as barragens de Pedro de Moura e Bitury não estão sangrando. Então, isso é uma boa notícia aqui para Caruaru”, concluiu.
Da Redação do pe360graus.com
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