terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Rei da “porta dos fundos”, Robinho marca carreira por saídas desastradas dos clubes que defendeu


Um jornal inglês publicou nesta segunda-feira (25) que o zagueiro Carles Puyol e o meia Xavi Hernández, dois astros do Barcelona, vetaram a ida do atacante Robinho para o time catalão, pois acreditavam que a contratação desestabilizaria o elenco. Embora não haja confirmação dessa informação, a carreira do brasileiro já está, sim, manchada em algumas praças da Europa, após saídas desastrosas dos três clubes que ele defendeu até aqui.

Segundo o tabloide Daily Mail, os dois jogadores do Barcelona representaram o grupo em uma conversa com o técnico Pep Guardiola, pedindo para que Robinho fosse descartado. O brasileiro, que deixou o Manchester City, agora tem a chance de voltar ao Santos, clube que o revelou.

A despedida do Manchester City é a terceira saída conturbada do jogador na carreira, em três possíveis. A primeira ocorreu no próprio Peixe, equipe para a qual o jogador deve voltar em breve.

Em 2005, após conquistar dois títulos brasileiros com o Santos, Robinho achava que já estava na hora de tentar a sorte na Europa. O time paulista queria lucrar o máximo possível na transação, mas a pressa do jogador era incompatível com os objetivos financeiros, para o clube, do então presidente Marcelo Teixeira.

Após meses de imbróglio e muitas horas de negociação, o jogador acertou a sua saída no dia 30 de julho de 2005. Em seu site oficial, o Real Madrid defendeu o jogador e criticou a postura da diretoria santista.

- O jogador assinará um contrato que o vinculará ao Real Madrid durante as próximas cinco temporadas. O jogador impôs sua inquebrantável vontade de jogar no Real Madrid, rejeitando ofertas de outros clubes que se interessaram por ele nas últimas semanas e a dura postura dos dirigentes do Santos.

Três anos depois, eram os dirigentes do Real Madrid que não queriam mais Robinho, que brigou com o técnico Bernd Schuster e com o presidente Ramón Calderón, que criticou publicamente o jogador.

- A negociação é melhor para o clube e para o atleta. Foi uma operação que envolveu uma alta quantia e atendeu ao desejo do jogador. A decisão foi tomada em comum acordo com a comissão técnica. O Real Madrid não precisa de dinheiro e não tem o objetivo de vender jogadores, mas, por razões de índole humana e esportiva, decidimos que a venda seria o melhor.

- Robinho é um menino estupendo, mas mal orientado. Até domingo, Bernd Schuster achava que podia recuperar o seu ânimo, mas não conseguiu. Sempre que falei com o jogador, ele se mostrava triste, chorava e pedia para deixar a Espanha.

No mesmo período, Schuster classificou Robinho como “uma decepção como pessoa”. O brasileiro queria ir para o Chelsea, mas teve de se contentar com o Manchester City. Com a derrota, o atacante rompeu com o empresário Wágner Ribeiro, e entregou seus assuntos profissionais ao pai, Gilvan de Souza, e posteriormente ao assessor Evandro Souza.

Porém, a saída do time inglês também não foi das mais agradáveis. Na reserva em muitos jogos, o jogador discordou do técnico Roberto Mancini, não aceitou ficar no banco e está no mercado, menos de cinco meses antes da Copa do Mundo.

Do R7

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