sábado, 2 de janeiro de 2010
Suplente do PSDC quer o mandato de Edson Vieira
A troca de partido do deputado Edson Vieira pode lhe render a perda do mandato, caso a Justiça Eleitoral dê ganho de causa ao suplente José Marinho Tavares Filho, que entrou com processo, no dia cinco de novembro do ano passado, para reaver o mandato do PSDC. Em abril de 2009, Vieira trocou a sigla pelo PSDB. Na época, o deputado fez um acordo com a direção do PSDC para que esta não entrasse com recurso solicitando o mandato do parlamentar. Mas, segundo Tavares, não existem “provas” desse acordo.
O suplente disse não ter nada contra Edson Vieira, mas está buscando seus “direitos”. “Se existem 11 meses para ficar lá eu vou ficar. A lei diz que eu tenho direito. Não estou querendo que tirem ele e coloquem alguém que não saiba de nada. Se tiver um dia de mandato quero estar lá”, afirmou, enfatizando ainda seu interesse em uma candidatura para a Câmara Municipal do Recife em 2012. Tavares Filho já foi candidato a vereador em Jaboatão dos Guararapes em 1988, pelo antigo PFL (hoje DEM), mas perdeu a eleição. “Tive 486 votos, por causa de 14 votos não fui eleito”, relembrou.
Na lista de suplentes, José Tavares era o oitavo. No entando, com a saída dos outros sete suplentes do partido passou a ser o primeiro. Ele reclama que o partido não lhe deu apoio. Deixou, inclusive, de informá-lo sobre a saída dos suplentes. “Fiquei sabendo por outras pessoas. Todo mundo dizia que eu era o primeiro suplente, mas a presidente negou. Ela podia ter dito: ‘Você é o primeiro suplente, mas o partido fez acordo e não vai tomar o mandato do deputado’”, contou, referindo-se à atual presidente da sigla, Ana Beatriz Vidal (esposa do vereador Luiz Vidal, falecido ano passado).
Ele disse que resolveu entrar com o processo porque foi “maltratado” pela legenda. O suplente espera que o caso seja resolvido até o final de janeiro, mas teme que o processo fique emperrado por ser ano de eleição. O relator do caso, que está no Tribunal Regional Eleitoral, é o juiz Ademar Regueira. Tavares também contou que recebeu várias ligações anônimas o intimidando, mas disse confiar que o caso será resolvido. “Outros estados já deram ganho a suplentes, será que Pernambuco é diferente? No TRE disseram que os processos estão sendo julgados entre 30 e 90 dias. Então, espero que seja julgado até o final de janeiro “, finalizou. A reportagem tentou contato com o deputado Edson Vieira, sem sucesso.
MARILEIDE ALVES(Folha de Pernambuco)
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