sexta-feira, 18 de março de 2011
Eduardo Campos avisa: não escolherá lado em 2012
PETROLINA - O governador Eduardo Campos (PSB) garantiu, ontem, que não tomará partido nas disputas municipais de 2012. Com uma ampla base de apoio no Estado, o socialista destacou que manterá, segundo ele, a estratégia utilizada em 2008: não escolher lado nas cidades onde as duas forças que disputam a hegemonia também integrem a Frente Popular. “Não faço política no município. Faço política no Estado e no País”, cravou, em entrevista coletiva neste município, na abertura da segunda edição do programa Todos por Pernambuco. Campos também pediu desculpas à Imprensa porque daria a mesma resposta de sempre, quando questionado sobre articulações políticas. Em seguida, afirmou que políticos e a mídia eleitoralizam “a vida brasileira”.
“A gente não pode eleitoralizar a vida brasileira do jeito que os políticos e a mídia de política eleitoralizam. Faz cinco meses que acabou uma eleição. O cidadão que está em casa - cidadão jovem - está pouco se lixando para essas perguntas que vocês fazem. E menos ainda para as respostas que nós damos. Há uma pauta lá fora e essa pauta é que me entusiasma. Foi com essa pauta que eu cheguei aqui, fui reeleito o governador mais votado da história de Pernambuco. Se eu tivesse ficado na velha pauta do rame-rame da política... Se fulano vai ser aquilo, se fulano vai trocar de partido, se beltrano vai fazer isso, se está abusado... Ninguém cuida da segurança, de gerar emprego, do que tem que ser feito”, argumentou Eduardo Campos.
A resposta foi dada às duas perguntas envolvendo o PSB. A primeira, se o partido acolheria o deputado federal João Paulo, sem espaço no PT para disputar a Prefeitura do Recife; a segunda, se o secretário estadual de Agricultura, Ranilson Ramos (PSB), poderia ser o candidato de consenso em Petrolina. “Tenho dito isso às pessoas que acompanham a agenda nossa, da Imprensa. Até peço desculpa e agradeço a paciência que já tiveram no passado comigo, ouvindo a mesma resposta durante dois anos. Vou abusar de novo da paciência dando a mesma resposta hoje, amanhã, com muita tranquilidade”, ressaltou Eduardo.
O socialista adiantou que só tratará de política, se possível, no meio do ano que vem, quando da formação das chapas. “Se em 2007 eu ficasse no Palácio recebendo o lado A e o lado B de cada município, brigando para ver quem vai ser isso, quem vai ser aquilo, eu não tinha feito o Todos por Pernambuco, não tinha feito o Estado quadruplicar o volume de investimentos”, assegurou.
Nos bastidores, contudo, as informações são de que Eduardo terá um papel de destaque, por exemplo, no desfecho da polêmica criada entre os aliados e que pode respingar na disputa pela Prefeitura do Recife. O PSB, inclusive, teria encomendado uma pesquisa se intenção de voto onde João Paulo apareceria liderando com folga em dois cenários.
ARTHUR CUNHA - Envido especial(FOLHA DE PERNAMBUCO)
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