sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Eduardo x Jarbas: confronto na TV
O tão esperado confronto entre o governador-candidato Eduardo Campos (PSB) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) finalmente aconteceu. A troca de farpas entre os arquiinimigos deu o tom do debate de ontem à noite, na TV Clube. O ponto alto foi o terceiro bloco, quando os candidatos perguntaram aos concorrentes. Jarbas já tinha dito que recebeu um Estado quebrado de Miguel Arraes, avô do atual governador, e acusado o rival de cooptar prefeitos e deputados pelo Palácio. Citou, inclusive, que os candidatos ao Senado Armando Monteiro Neto (PTB) e Humberto Costa (PT) teriam reclamado dessa cooptação, na eleição de 2006. Eduardo se controlou. Só mudou de estratégia quando o peemedebista perguntou o que ele faria para qualificar a mão de obra dos pernambucanos. Em seguida, o socialista tentou jogar o adversário contra a população acusando-o de ser anti Lula e contra o Bolsa Família.
“A primeira atitude que eu tomei foi reabrir uma escola que o seu governo fechou. Seu governo fechou a Etepam. Construímos sete escolas técnicas e conseguimos com o Lula mais seis. Não ficamos choramingando nem reclamando do que encontramos”, disparou Eduardo Campos, para ser rebatido por Jarbas: “Não é bem assim que o governador está dizendo. Ele quer inverter”. Na tréplica, o socialista ironizou: “Não tenho mais nenhum motivo para viver essa rinha com ele (Jarbas), estou olhando para o futuro”.
Quando Campos tentou carimbar Jarbas de anti Lula, perguntando se ele tinha mudado sua opinião contrária ao Bolsa Família, externada em uma entrevista à Veja, o senador não deixou por menos. “Eduardo está dramatizando as coisas. Não chamei Lula de ignorante. O que eu disse foi que a família do Lula não teve condições de colocar ele na escola, nem ele quis ir à escola. Aí vem a história de século passado, século presente, rinha de galo. Não tem nada disso. O governo é virtual, vive na base da mídia. E, quando é apertado aqui, fica acuado”, bateu.
Eduardo prosseguiu atrelando sua imagem à de Lula e retomando a questão da Celpe. “Quero dizer que sou favorável ao Bolsa Família. O presidente tem sido atacado com uma violência muito grande, desproporcional. Ele (Jarbas) não bateu assim no Fernando Henrique quando negou a refinaria, quando deixou ele fazer uma BR (duplicar a 232) vendendo a Celpe”, criticou. Jarbas ressaltou que, quando assumiu, a venda da companhia já estava em processo. “A Celpe eu encontrei num processo de privatização com a assinatura dele, secretário da Fazenda. É preciso não fazer o povo de bobo. Não fui para Brasília ser adesista nem bater palma para tudo o que o governo fez”, devolveu.
Os candidatos do partidos pequenos - Sérgio Xavier (PV), Edilson Silva (PSOL), Roberto Numeriano (PCB) e Jair Pedro (PSTU) - fizeram, durante a maior parte do debate, uma “tabelinha” no ataque a Eduardo e Jarbas. Xavier se destacou na apresentação de propostas.
ARTHUR CUNHA, MARILEIDE ALVES, GILBERTO PRAZERES, JAIRO LIMA E BRUNA SERRA (FOLHA DE PERNAMBUCO)
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