Manifestantes do grupo LGBT ficaram frustrados com o resultado da votação (Foto: Márcio Didier/Blog da Folha)
Atualizada às 19h20
Por apenas dois votos, a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania LGBT foi rejeitada na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), nesta terça-feira (17). Pelo menos 25 parlamentares deveriam votar a favor da proposta, mas apenas 23 optaram pelo sim. Dez deputados votaram contra e 14 estiveram ausentes na sessão. Claudiano Filho (PSDB), João Eudes (PRP) e Zé Maurício se retiraram do Palácio Joaquim Nabuco momentos antes da votação.
Os deputados Adalto Santos (PSB), André Ferreira (PMDB), Osséssio Silva (PR), Doutor Valdir (PP), Guilherme Uchoa (PDT), Joaquim Lira (PSD), Joel da Harpa (PROS), Odacy Amorim (PT), Cleiton Collins (PP), Professor Lupércio (SD) votaram contra a criação da Frente LGBT.
Antes da votação, vários parlamentares subiram a tribuna da Casa para defender ou apoiar a criação da Comissão. Quando os deputados que criticavam o projeto discursavam, os manifestantes do grupo LGBT, presentes na casa, ficavam de costas, em forma de protesto. Aqueles que defendiam a proposta eram aplaudidos a cada declaração em prol do grupo social.
O deputado André Ferreira afirmou que o debate sobre a criação da Frente LGBT deveria ser feito na Comissão de Direitos Humanos. Segundo o peemedebista, o deputado Edilson Silva (PSOL), que criou o projeto, estava querendo se promover com a criação do colegiado.
“O que a gente vê de Edilson é uma autopromoção da criação da Frente Parlamentar. Isso não é minoria, minoria são outras minorias. Temos que assegurar o direito de todos os direitos, pai de família, idoso”, frisou o parlamentar.
A declaração de André Ferreira foi repudiada por Edilson. O parlamentar afirmou que os deputados da bancada evangélica tem interesse em fazer “temperatura elevada na Casa para aparecer na imprensa” e que esse tipo de discussão é “mesquinha”.
” São aqueles que tem se engalfinhado, de forma radical, quem defende mais a bíblia, e é lamentável que temos que expor o poder Legislativo de Pernambuco a esse tipo de espécie de discussão mesquinha. Antes de mais nada, mesquinha. “, disparou.


Edilson Silva e André Ferreira conversam após votação (Foto: Márcio Didier/Blog da Folha)














Depois da votação, com os ânimos menos exaltados, Edilson e André Ferreira conversaram amistosamente. Ocupando os cargos de presidente e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, respectivamente, o psolista e o peemedebista ainda devem travar vários embates na Casa.
Com informações de Márcio Didier, editor do Blog da Folha.