terça-feira, 2 de dezembro de 2014

João Lyra garante que Paulo Câmara receberá estado com contas equilibradas

Paulo Sergio Sales/SEI


Publicação: 01/12/2014 12:49 Atualização: 01/12/2014 13:01

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), garantiu, na manhã desta segunda-feira (1), que o seu sucessor, o governador eleito Paulo Câmara, do mesmo partido, vai receber um estado “equilibrado” financeiramente no próximo ano. “Vamos fechar nossas contas. Evidentemente tem algumas questões que vamos resolver. Eu disse ao presidente do Tribunal de Contas que queria cumpri a lei. Com certeza, Paulo Câmara vai receber as contas equilibradas”, disse à uma rádio local.
A declaração do gestor socialista surge no momento em que o governo federal, representado pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), pede a mudança da meta de superávit das contas do governo de 2014, prevista pela Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO. O governo reduziu de R$ 80,7 bilhões para R$ 10 bilhões a previsão de superávit primário deste exercício.
“Vi ontem que 17 dos 26 estados não vão fechar as contas de acordo com a Lei. Precisamos fazer um amplo debate nacional sobre as finanças públicas. O pacto pela boa governança foi uma iniciativa importante. O TCU iniciou nova fase com os Tribunais de Conta dos Estados, promovendo discussão das melhores técnicas para sairmos dessa situação”, completou.
O prefeito do Recife, Geraldo Julio, também do PSB, declarou que não é a favor da mudança da LDO, mas que seu partido não quer criar dificuldades nem para o governo, nem para o país. “Vamos defender o que interessa ao povo e se tiver questão que não vai ajudar as pessoas, vamos combater. O PSB acha que fazer essa mudança é inadequada. O melhor teria sido que ela (Dilma Rousseff) tivesse cumprido as metas”, ponderou.
Atualmente, a Prefeitura do Recife espera o repasse de recursos federais para a conclusão de obras estratégicas na capital. Na edição do Diario de Pernambuco deste domingo (30), a matéria “No ritmo dos repasses federais” mostrou um pouco desta realidade. Por exemplo, no caso do Hospital da Mulher, no Recife, cujo valor total da obra é de R$ 58 milhões, o governo municipal já investiu R$ 35,5 milhões, enquanto o governo federal, que assinou um convênio de R$ 48 milhões, só repassou R$ 6 milhões.
“Vai ser um ano muito duro, o Brasil tem que fazer mais receita do que déficit e temos a expectativa que o desembolso possa ser feito. O governo do estado se aproxima a três bilhões e a prefeitura para de 900 milhões juntando 2013 e 2014”, concluiu Geraldo.
Com informações do repórter Filipe Barros, especial para o Diario

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