quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Governo intensifica operação Lei Seca em Pernambuco a partir desta quinta


Preservar vidas é o principal objetivo da operação Lei Seca em Pernambuco, coordenada pela Secretaria de Saúde do Estado. Somente em 2010, 1.935 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito. A intensificação das blitze começa nesta quinta-feira (1), com expectativa de fiscalizar 900 carros por dia em seis pontos distribuídos pela Região Metropolitana do Recife.

Cada equipe de fiscalização será formada por 11 profissionais, sendo quatro militares, quatro agentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Pernambuco e três técnicos da Secretaria Estadual de Saúde. "Não queremos multar, mas sim fiscalizar, orientar. Lógico que isso não significa que não iremos usar todo o rigor da lei", alerta o secretário de Saúde Antônio Carlos Figueira, explicando também que apesar do uso anterior do etilômetro, só agora a operação Lei Seca se transformou em uma política permanente do governo.

Além dos profissionais, as blitze serão sinalizadas com balões e contarão com tendas. "Queremos que a população saiba que está tendo fiscalização e se conscientize de não associar bebida e direção", afirma o coordenador executivo da operação, major André Cavalcanti. Serão 42 ações por semana.

A expectativa é que as tendas sejam, posteriormente, substituídas por vans, a fim de facilitar o deslocamento da blitz. "Nós sabemos que existe um mau uso das redes sociais.
A ideia é que quando detectarmos que foi sinalizado o lugar da blitz, nós possamos mudar de ponto", explica o secretário Figueira.

Os condutores continuam desobrigados a soprar o bafômetro, mas Cavalcanti lembra que, em caso de o motorista apresentar sinais claros de embriaguez, as medidas administrativas cabíveis serão tomadas. "Não podemos deixar esse cidadão nas ruas para causar um acidente. O que queremos é coibir a ação dos maus condutores", conta Cavalcanti.

Outro alerta do secretário é de que os profissionais que atuarem nas barreiras terão de desligar os telefones celulares durante a operação, a fim de preservar a integridade da ação. "E eu vou ligar para conferir se estão desligados mesmo", avisa Figueira. A operação deve custar R$ 8 milhões aos cofres públicos por ano.

A atuação tem também uma vertente educativa, onde duas equipes que contam com educadores portadores de deficiência, vítimas de acidentes de trânsito envolvendo álcool, vão trabalhar na sensibilização da população. "É importante levar para as pessoas essa mensagem de não misturar álcool e direção", acredita Alexandre do Nascimento, que ficou paraplégico após sofrer um acidente de moto em 2004, quando ele conduzia, embriagado, o veículo.

Calendário turístico
As operações vão acompanhar também o calendário turístico do Estado, monitorando eventos grandes como o São João de Caruaru, o Festival de Inverno em Garanhuns e a Paixão de Cristo de Fazenda Nova. "Nós queremos preservar a vida e sabemos que nesses eventos há uma mistura de álcool e direção", diz o major Cavalcanti.

Katherine Coutinho
Do G1 PE

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