segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Guerra: Dilma protege o ministro


“Ela não tinha coragem de enfrentar o PCdoB”. Esta é a avaliação do presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, sobre a decisão da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), de manter Orlando Silva no Ministério do Esporte, apesar das denúncias de desvio de dinheiro público. Para o tucano, a petista está dando tratamento diferenciado, sobretudo porque o comunista é de um partido muito ligado à cúpula petista. “Eu acho que, de todos os ministros citados até agora, muito deles afastados, o caso do Orlando Silva é um dos mais comprometedores. Seguramente, a presidente está protegendo Orlando Silva”, completou o oposicionista.

Para Guerra, as investigações de desvio na pasta de­vem ser feitas após o afastamento do ministro, que está sendo alvo de denúncias há cerca de dez dias. O tucano ainda garantiu que novas irregularidades vão estourar na gestão da petista. “Eu aposto que, nos próximos 30 dias, teremos novas denúncias. Elas estão em tantos lugares!”, comentou, sem querer citar qual o próximo ministério que será alvo de acusações.

Na análise do deputado federal Augusto Coutinho (DEM), as provas de desvio de recursos públicos já são suficientes. “Eu acho que o ministro está inviabilizado de continuar com tantas denúncias graves que já perduravam na gestão. É o uso da máquina pública em favor do PCdoB. As evidências são claras. São pessoas beneficiadas com estrutura governamental, o que tem sido uma prática desde o Governo Lula e que continuam com Dilma”, destacou.

O democrata acredita que a presidente Dilma Rousseff já tinha conhecimento sobre o caso, no entanto “está passando a mão na cabeça do ministro”, pois foi eleita com a colaboraçlão dos partidos que fazem uso da máquina no processo eleitoral. “Ela foi eleita por toda essa estrutura, o uso de dinheiro público, ela foi beneficiada por isso e vou dizer que ela já não conhecia?”, questionou.

Também oposicionista, o deputado Raul Henry (PMDB) avaliou que a presidente está oscilando quanto ao afastamento do comunista, pois a presidente já substituiu cinco ministros nos primeiros oito meses de gestão. “O que eu acho é que ela está dando demonstração de vacilação em relação a esse caso, e isso pode comprometer a imagem que ela vinha construindo, que vinha zelando pelas práticas republicanas no País”, sublinhou

JUMARIANA OLIVEIRA (FOLHA DE PERNAMBUCO)

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