segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Apevisa minimiza riscos de contaminação para consumidor final


A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) ainda não consegue explicar porque o material hospitalar desembardo no Porto de Suape estaria sendo descartado dos Estados Unidos. De acordo com o gerente-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito, o produto, que está sendo tratado como lixo hospitalar, não tem características de material encaminhado para incineração.

"São produtos ainda em bom estado de conservação que, no procedimento comum, seriam encaminhados à lavanderia do hospital, lavados e esterilizados para a reutilização dentro da própria unidade de saúde. Eu desconheço os procedimentos técnicos dos outros países, mas causa estranheza esse comportamento", explicou Brito.

Nesta manhã, os 30 kg de material recolhidos em galpões de uma fábrica têxtil em Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, Agreste pernambucano, foram encaminhados ao Instituto de Criminalística de Pernambuco, no Recife, para perícia. A grande preocupação do órgão é com o risco de contaminação que esse lixo pode conter. "Mesmo que tenha passado por lavagem e tratamentos químicos, o destino final desse material nunca pode ser a reutilização, tampouco para esses fins", disse o gerente da Apevisa.


Apesar do agravante, Jaime afirma que a população que possa ter adquirido algum produto com suspeita de fazer parte dessa leva não precisa entrar em pânico, pois o risco de contaminação não é tão grande para o consumidor final do produto. "A lavagem minimiza consideravelmente esses riscos. Nossa preocupação maior é com quem manipula esse material, principalmente sem os devidos equipamentos de proteção".

O gerente ainda esclareceu que o lixo hospitalar é dividido por classificações e que nem todo ele é composto de material infeccioso.

A categoria onde o material apreendido se enquadra é uma das que possui mais relevância epidemiológica. Por esse motivo, a empresa foi interditada, a princípio por medida cautelar, mas só após o resultado da perícia é que haverá definição do caso. A empresa Império do Forro de Bolso (cuja razão social é Na Intimidade Ltda) poderá ser multada em até R$ 1,5 milhão e ser interditada definitivamente por importar lixo hospitalar e utilizá-lo para fins comerciais.

Do NE10

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