terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Homem passa por cirurgia e acorda com pinça no abdômen, em MG
Um homem foi internado em Uberaba, no Triângulo Mineiro, para retirada de parte do intestino, e uma pinça cirúrgica ficou no abdômen do paciente. Um raio-x mostrou a imagem do instrumento, que é parecido com uma tesoura.
O homem de 59 anos passou por uma nova cirurgia para a retirada da pinça. Ele permanece internado, nesta terça-feira (4), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, em observação. De acordo com o corpo clínico do hospital, ele passa bem e deve receber alta nos próximos dias.
O aposentado foi internado no dia 24 de dezembro e durante o período de recuperação começou a sentir fortes dores na região abdominal e foi levado novamente para o hospital.
A filha do paciente, Renata Cristina de Assis, disse que a família está revoltada. “Nós estamos indignados porque ele veio fazer uma cirurgia que para o hospital é de rotina. Eles estão acostumados porque, como eles disseram, tem o instrumentador que é treinado para isso. O instrumentador tem que ter ciência do instrumento que está numa mesa cirúrgica. E de repente um dos instrumentos aparece dentro do abdômen do meu pai”, disse a professora.
Renata Cristina conta que até a funcionária duvidou do resultado. “A pessoa responsável perguntou se ele tinha algum objeto no bolso. Minha mãe disse que não, que ele estava apenas com a roupa e a bolsa da colostomia e como é plástica não aparece no raio-x. Aí então a moça falou que estava aparecendo uma tesoura”, explicou.
A família registrou um boletim de ocorrência. O diretor-presidente do hospital, Luiz Flávio Rodrigues, disse que não tem poder para punir o responsável, mas que irá apurar o caso. “Administrativamente vamos conversar com todos os envolvidos nas cirurgias: médicos, anestesistas, cirurgiões, enfermeiros, técnicos de enfermagem, instrumentadores. E daí em frente vamos tomar as providencias cabíveis”, destacou.
O médico responsável pela cirurgia não foi encontrado para falar sobre o caso.
O representante do Conselho Regional de Medicina (CRM) em Uberaba informou que o caso será investigado assim que a família formalizar a denúncia junto ao CRM. Ele disse ainda que o médico pode ser penalizado com uma advertência e até com a cassação do registro profissional.
Do G1 MG, com informações da Rede Integração
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