Rebelião que ocorreu nesta segunda no complexo do Curado deixou dois mortos, entre eles um sargento da PM (Foto: Jedson Nobre/Folha de Pernambuco)
O Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp-Pe) lançou uma nota sobre a rebelião que ocorreu nas Unidades do Complexo do Curado nesta segunda-feira (19). O motim acabou deixando dois mortos, entre eles o primeiro sargento da Polícia Militar Carlos Silveira do Carmo, e 24 feridos.
O Sindasp lamentou a morte do policial e relatou que o caso revela o “total apagão do Sistema Penitenciário em Pernambuco, que merece ser revisto com urgência e presteza”.
Leia a nota na íntegra:
O Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (Sindasp-Pe) se pronuncia acerca da rebelião ocorrida nas Unidades do Complexo do Curado nesta segunda-feira, 19 de janeiro:
Lamentamos profundamente a morte de mais um irmão, policial militar nos serviços da guarda externa, que tombou no exercício de sua função.
Para o Sindasp-PE, esta tragédia, como muitas outras, revela o total apagão do Sistema Penitenciário em Pernambuco, que merece ser revisto com urgência e presteza.
Denunciamos um déficit de pessoal de 4.700 Agentes Penitenciários, péssimas instalações, falta de condições de trabalho e a morosidade no julgamento dos processos dos apenados, principalmente, pela falta de Agentes Penitenciários para as apresentações judiciais e a falta de defensores públicos.
Infelizmente, rebeliões como essas são previsíveis, podendo acontecer outras vezes pela omissão do Estado em garantir a Ordem e a Segurança no Sistema Penitenciário.
Novamente denunciamos que armas e outros ilícitos estão entrando nos presídios por cima dos muros do complexo, visto que, em média, 60% das guaritas continuam desativadas.
O Sistema Penitenciário tem que ser tratado com outros olhos para garantir a Segurança Pública e a ressocialização do preso.