(Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco)











Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (9), a bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fez um apanhado das críticas à gestão estadual, que completa 100 dias nesta sexta-feira (10), e fez o lançamento do projeto Pernambuco de Verdade. O programa percorrerá o Estado e foi uma forma encontrada pelo grupo de se contrapor ao Todos por Pernambuco, comandado pelo governador Paulo Câmara (PSB).
O Pernambuco de Verdade será iniciado no mês de maio, quando a bancada de oposição começará a visitar os municípios pernambucanos. Apesar de revelado o lançamento, um cronograma das visitas ou listas das cidades não foram divulgados. A ideia é que o programa sirva para que o colegiado dialogue com a sociedade civil, ouvindo, por exemplo, movimentos sociais e Câmaras de Lojistas dos locais visitados.
Durante a coletiva, os opositores aproveitaram para reforçar as críticas ao Governo. “Estamos diante de 100 dias não de um governo, mas de uma administração. Temos o direito de cobrar, pois ele (o governador) é conhecedor da máquina administrativa. A condução política do Governo é ruim. A mesa de negociação com os servidores está travada”, disparou a deputada Teresa Leitão (PT).
Segundo a petista, a oposição tem sido responsável por pautar a Casa. Ela também disse acreditar que existe uma tentativa de desqualificar o papel do Legislativo de fiscalização.
Para o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PTB), a oposição não está na torcida “do quanto pior melhor”. “Temos observado na fala dos governistas que a gestão não olha para o futuro e sim para o passado. Não se tem obras apresentadas pelo Governo. Não é mais do mesmo e sim menos do mesmo. Há um déficit de liderança em Pernambuco. Falta habilidade para dialogar com o Governo Federal, falta liderança do Governo para tratar do Pacto pela Vida. A sinalização de um aumento zero é uma prova de que o Estado não se planejou”, declarou.
Para o psolista Edilson Silva, a oposição tem feito bem à democracia. Ele também criticou a atual situação do sistema prisional do Estado e citou o Túnel da Abolição. “O túnel simboliza a gestão do Governo do Estado. É infiltração do começo ao fim”, disse.
Teresa Leitão ainda lembrou o rompimento entre o PT e PSB. “Um dos motivos pelo rompimento entre PT e PSB foi a crise. Isso era visto e anunciado por Eduardo Campos. O que foi feito além de medidas para beneficiar a sua candidatura. Hoje em dia o Estado desautoriza o Governo Federal. Se chove é culpa do Governo Federal, se faz seca é culpa do Governo Federal também”, declarou.
Com informações de Tauan Saturnino, da Folha de Pernambuco.