quinta-feira, 24 de julho de 2014

ARIANO SUASSUNA


  ARIANO SUASSUNA


ARIANO VILAR SUASSUNA1927 - 2014 



















Alegre, influente e reverenciado por onde passava. Esse era Ariano Suassuna, o intelectual que o Brasil perdeu nesta quarta-feira (23). 

O escritor e dramaturgo paraibano, que tinha 87 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico na última segunda-feira (21), e, mesmo passando por um procedimento cirúrgico e internação, não resistiu a mais um golpe em sua saúde já fragilizada e faleceu após uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana.

Apesar de se mostrar disposto, inclusive nas aparições em público, Ariano inspirava uma atenção especial de familiares, amigos e fãs desde que sofreu um infarto agudo do miocárdio, em agosto do ano passado. 

Conseguiu se recuperar e recebeu alta médica, mas se sentiu mal poucos dias depois e voltou ao hospital. Na ocasião, foi detectado um aneurisma cerebral, e o escritor foi submetido a um procedimento para tratar a dilatação da artéria.

Após se restabelecer, o autor do “Auto da Compadecida” e de “O Romance d’A Pedra do Reino” continuou viajando pelo Estado para apresentar suas aulas-espetáculo, mesma atividade que desempenhou na sexta-feira passada (18), durante o Festival de Inverno de Garanhuns, quando foi visto em público pela última vez.

Em entrevista concedida em julho do ano passado, o escritor dissertou, bem-humorado, sobre a morte e o medo de morrer: “Não gosto da ideia de ter ‘medo de morrer’. Sou paraibano e não gosto de confessar que tenho medo. Eu conheço a palavra ‘medo’, porque li no dicionário”, defendeu.

Ariano deixa a esposa, Zélia, seis filhos e 13 netos, além de um legado de obras que mudaram a história do teatro brasileiro.

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